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Demissão em massa na Embratel

06/05/2011 - 10h09 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A Procisa do Brasil – empresa do Grupo Embratel – demitiu 130 empregados e acabou com suas atividades (implantação de sistemas e vistorias nos acessos da operadora), nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A Embratel demitiu 06 empregados diretos, inclusive um diretor do Sinttel-ES

No ES, cerca de 20 empregados da Procisa prestavam serviços à Embratel. No Rio e São Paulo a Procisa continuará operando. Alegando mudanças estruturais a Embratel também demitiu 06 trabalhadores próprios, dentre eles, o delegado representante do Sinttel-ES junto à Fenattel, Fernando Antonio Nogueira Zago.

Clima é tenso

Segundo o presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann, o momento é de tensão na Embratel. “A pressão e ameaças sobre os trabalhadores são grandes”. A empresa está demitindo sem justa causa e sem critérios, que deveriam, pelo menos, serem discutidos com o Sindicato. Antes dos seis demitidos, dois já haviam pedido desligamento, por não aguentarem as mil exigências e o tratamento desrespeitoso dado pelo gerente de contas, através de e-mails mal educados e com palavrões.

Nilson Hoffmann conta que o ambiente de trabalho no setor de contas da Embratel e nas demais operadoras (Oi, Claro, Tim, Vivo, Nextel e GVT) é selvagem. “É muito hostil, desumano e cheio de irregularidades, como o não pagamento de horas extras, a limitação de férias em 10 dias, além das desigualdades salariais”.

As exigências são muitas. O mercado de telefonia é muito competitivo e trabalhador tem que vender, gerar receita, visitar e manter os clientes; assim como resolver todas as pendências. “Nunca saí da empresa antes das 9, 10 horas da noite, devido aos intermináveis relatórios”, conta um trabalhador, que esteve no Sinttel-ES, no dia 05 /05, para homologar sua rescisão de contrato. Foi demitido por “baixo desempenho”.

Segundo esse trabalhador (não vamos identificá-lo para evitar retaliações ainda maiores) não há critérios transparentes para avaliar o desempenho de cada empregado. Ele reclama de que só para fechar uma venda usava dezenas de programas e sistemas (Word, Excel, Siscred, SSA, PGV, SGV, IBM, GUC, OS, entre outros).

Ele contou que nunca pode tirar férias de 30 dias. “A empresa só dá 10 dias. E não adianta negociar, porque se a empresa tiver algum problema, vai chamá-lo para o trabalho. Também não paga horas extras e nem troca por folga. Todos os dias fazia, em média, 5 horas extras. Os trabalhadores que cuidam das carteiras dos clientes ficam sobrecarregados”.

Além disso, relatou que as metas são absurdas e desumanas. “A meta é sempre o dobro da receita e, ainda assim, alegam baixo desempenho. Na verdade, acredito que minha dispensa se deve ao fato de que não aceitei colocar meu carro à disposição da empresa”, argumentou ele, diante de mais essa exigência na Embratel: a de que o empregado tem que colocar seu carro para se locomover até os clientes.

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