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Pratica antissindical

Comunica ASSEDIA trabalhadores dentro do Sindicato

15/04/2025 - 22h34 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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Na semana de 07 e 11 de abril/2025, trabalhadores/as da COMUNICA CONTACT CENTER estiveram no Sindicato levados por seus chefes imediatos. Após preencherem as cartas de oposição à Contribuição Assistencial pelo fechamento do Acordo Coletivo, a chefia indicada pela Comunica obrigava os funcionários a preencher e fotografar as cartas. A atitude, nunca vista, chamou a atenção da diretoria do Sindicato pelo assédio, pressão e humilhação sofridas pelos trabalhadores.

A diretoria e os funcionários do  SINTTEL-ES viveram uma situação constrangedora, que configura prática antissindical contra a organização dos trabalhadores. Foram registradas mais de 80 cartas, entregue ao Sindicato para que não seja descontado os 3%, parcelados, como forma de contribuir com as despesas da negociação salarial que este ano demorou quase quatro meses. O objetivo é cercear o trabalho do SINTTEL-ES em defesa dos direitos e impedir conquistas, como melhores condições de trabalho e renda.

A contribuição assistencial, como o nome já diz, é uma contribuição, portanto não é obrigatória e todos podem se manifestar e se opor. Porém, isso por livre e espontânea vontade. É por isso que o trabalhador precisa ir ao sindicato e lá documentar a sua vontade. Tempos atrás, as empresas faziam as cartas e enviavam para o sindicato. Outrora trabalhadores entregam as cartas com o mesmo texto, numa clara interferência do próprio patrão e chefes indicados.

O que a COMUNICA fez foi interferir na vontade do trabalhador, obrigando-o, provavelmente dentro do horário de trabalho, a ir ao sindicato, preencher a folha, assinar e depois fotografar o documento, como se o Sindicato não respeitasse a vontade da categoria.  O Sinttel-ES estuda se fará denúncia ao Ministério Público do Trabalho.

Enquanto o trabalhador preenchia a carta pré-escrita que estava sobre uma mesa à disposição dos empregados, os paus-mandados da COMUNICA ao lado vigiavam e repetiam: — ASSINA! AGORA FOTOGRAFE COM O CELULAR! FOTOGRAFE!  E os empregados obedeceram, lógico. Tudo foi registrado pelas câmeras do Sindicato.

Essa hostilidade ao Sindicato, também se fez presente no Canal de WhatsApp. Supervisores enviaram mensagens agressivas e ofensivas, indignados com a recusa da proposta pelos empregados, como se os trabalhadores não pudessem ousar dizer NÃO à Comunica, e a nossa defesa em avançar nas conquistas. (imagem ao lado).

O constrangimento dos trabalhadores e trabalhadoras era visível e humilhante. A pressão e o assédio fere a dignidade ou afeta negativamente a autoestima do trabalhador. Levar o trabalhador ao sindicato para obrigá-lo a se opor ao desconto é crime contra a organização sindical, pois o trabalhador é livre para decidir sobre sua representação nos sindicatos.

A aceitação ou recusa da contribuição assistencial deve ser um ato soberano do empregado, constituindo-se num posicionamento que deve vir da consciência associativa de cada um, sem qualquer outra interferência ou imposição. Nada pode interferir no livre arbítrio do empregado.

Quando uma empresa utiliza métodos para levar seus empregados à recusa do desconto da contribuição assistencial, tem como indisfarçável objetivo enfraquecer o SINTTEL-ES na representação profissional, um ato condenável.

 

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