Vivo cria dificuldades
Na segunda rodada de negociações, a Vivo apresentou uma proposta para o Acordo Coletivo 2015/2016 que está muito aquém das expectativas dos trabalhadores e do porte de uma grande multinacional. A proposta de 6% — que não repõe o poder de compra dos salários, corroídos pela inflação de quase 10% ao ano — a serem aplicados somente em janeiro/2016 com faixas salariais, significa dizer que o reajuste seria de apenas 3,69%, portanto abaixo da inflação. Essa maquiavélica proposta causa achatamento salarial, perda do poder de compra e transferência de renda dos assalariados para os acionistas. Simples assim!
A empresa ainda prevê congelamento do vale-refeição para os trabalhadores administrativos da Vivo, bem como reajuste de 6% para os demais trabalhadores a partir de janeiro/2016. Todos sabemos o quanto está mais caro para alimentar-se fora de casa.
O presidente da Vivo afirmou à revista Exame de 28/09 que: “temos que capturar o que há de melhor nas duas companhias”. Os 38 mil trabalhadores ficam felizes com essa preocupação da empresa e esperam que isso também seja aplicado nos salários, benefícios e condições de trabalho.
A FENATTEL reivindica que todos os trabalhadores sejam tratados de forma igualitária. Afinal, foi isso que declarou o presidente da Vivo na mesma entrevista: “Hoje já somos uma organização sob um único comando e com metas e objetivos comuns e claros para todos”.
Os Sindicatos têm a consciência que vivemos um processo complicado de fusão de duas grandes empresas. Além disso, o Brasil atravessa uma crise que atinge a economia e muito dela tem natureza de um ataque especulativo. Porém, o setor de telecomunicações não foi afetado como os setores produtivos e a Vivo tem condições de apresentar uma proposta que valorize seus trabalhadores.
Para evitar qualquer tentativa de precarização, é muito importante que os trabalhadores fiquem unidos e mobilizados com o seu Sindicato.
Não dê ouvidos a boatos! Siga a orientação do seu Sindicato