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2ª Reunião de Negociação ACT

Com a Vivo nada mudou. A proposta da empresa é inaceitável

29/08/2019 - 0h01 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A falta de respeito continua. Vamos exagerar na luta. Não aceitamos retrocessos. Exigimos que todos os trabalhadores tenham reajuste em setembro pelo INPC integral, sem parcelamento e com ganho real de 5%.

Reginaldo Biluca (Sinttel-ES), Estela Menezes (Sinttel-CE), Vânia Miguez (SinttelRio) e José de Anchieta Couto (Sinttel-PE) da Federação Livre e o presidente da Fitratelp, João de Moura Neto (Sinttel-PI) na mesa de negociações com a Telefônica Vivo, em São Paulo.

Reunidos com a Telefônica Brasil, no dia 22 de agosto, no hotel Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo, representantes dos/as trabalhadores/as integrantes da Federação Livre (Sinttel ES, CE, PE, RJ) e da Fitratelp (Sinttel PI, DF, MG, RS), ambas Cutistas, esperavam, no mínimo, uma resposta séria e respeitosa para as reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho 2019/2020. O que não aconteceu. A próxima reunião foi (pré)agendada para o dia 10 de setembro, após a divulgação do índice da inflação do período (1º de setembro/2018 a 31 de agosto/2019) pelo INPC, medido pelo IBGE.

“A empresa está brincando de negociar”, disse o diretor do Sinttel-ES, Reginaldo Biluca. “Na primeira reunião, além de não oferecer nada, a empresa propôs descontar 1,5% de todos os empregados a título de mensalidade de plano de saúde a partir de Setembro de 2019 e 2% a partir Janeiro de 2020, compulsoriamente.  É lógico que a Comissão de representantes dos empregados recusou de pronto.

[de costas] Assessor jurídico, Janaína Reis e Márcio Afonso (gerência de Relações Trabalhistas e Sindicais da Telefônica Vivo). [de frente] Representantes do Sintteis MG, RS e DF, sindicatos que integram a Fitratelp.

Porém, nesta segunda reunião, os negociadores da Vivo, o gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais, Márcio Afonso e Janaína Reis (Atração de Talentos Sr), chegaram dizendo que a proposta para o pagamento da mensalidade do plano de saúde foi alterada. Seria de 1,5% e limitada a R$ 600, a partir de fevereiro de 2020, passando a ser compulsório. Mas foi só. As demais reivindicações foram negadas, ou reduzidas, sem avanços e com retrocessos significativos.

É a estratégia chamada de “bode”, que consiste em estabelecer algo bem ruim e depois retirá-lo/reduzi-lo, como se isso fosse uma benesse por parte da empresa. Obviamente que esta não foi uma mudança, mas apenas uma forma de fingir que está negociando. Mesmo porque, os sindicatos rejeitaram o tal “bode” e exigiram que a empresa trate com seriedade as reivindicações dos trabalhadores.

Posição da empresa para:

Correção salarial

Reivindicação: reajuste na data base (1º de setembro/2019) pelo INPC e mais 5% de ganho real.
Proposta da Vivo: Reajuste dos salários nominais e pisos em 2% a partir de 12 de agosto de 2020 e pagamento de um abono indenizatório equivalente à 24% (2 x 12%) do salário nominal limitado a R$ 960,00 exceto para executivos, aprendizes e estagiários em até 10 dias úteis após aprovação da proposta.

Benefícios

Reivindicação: Isonomia de  reajuste e valores de benefícios do pessoal de loja e administrativos.
Vale refeição/alimentação igual para todos

Proposta da Vivo: Correção do auxílio alimentação (VR\ VA) em 2% (maiores valores em cada segmento) e 2,5% (para os menores valores em cada segmento) a partir de abril de 2020, exceto Cesta Básica.

Proposta da Vivo: Incorporação de 50% do valor da Cesta Básica no salário nominal e nos pisos a partir de janeiro de 2020. (eliminando este benefício);
Alerta da Comissão: A incorporação da mesma ao salário conforme propõe a Vivo significa uma redução drástica na renda mensal dos trabalhadores do Campo

Proposta da Vivo: Fornecimento do VR\VA nos dias trabalhados;
Alerta da Comissão: Sem mudanças, como é praticado hoje.

Proposta da Vivo: Correção dos demais benefícios (auxílios, km, funeral, etc.) em 2% a partir de abril de 2020, exceto locação de veículo.

Reivindicação:

PPR 2020 e 2021

Renovar o ACT do PPR por mais 2 (dois) anos nas mesmas condições atuais (Target e antecipação) e os indicadores serão discutidos no 1º semestre de cada ano.

Plano Médico

Implantação do desconto da mensalidade de 1,5%, limitado a R$ 600, a partir de fevereiro de 2020 para os empregados que não estão contribuindo, passando a ser compulsório.

Demais condições

Reivindicação: Redução do banco de horas para 60 dias. Não extensivo para os trabalhadores do Campo.
Proposta da Vivo: Implementação do Banco de Horas para equipe de Campo e Ampliação do prazo de compensação do Banco de Horas para 180 dias;

É um absurdo que a maior e mais lucrativa empresa de telecomunicações da América Latina não tenha apresentado uma proposta condizente com os seus resultados. Em 2018 ela teve um excelente desempenho, com 43,45 bilhões de reais de receita líquida e quase 9 bilhões de reais de lucro. Esse ano, no site da empresa tem uma matéria enaltecendo os resultados lucrativos.

Não aceitamos nenhum direito a menos. Chega de brincar de negociar. Basta de proposta ridícula.

Vamos participar para mudar esta proposta. Vamos exagerar na luta.

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