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Com a recusa dos capixabas, proposta da GVT foi derrotada no Brasil todo

26/11/2013 - 8h28 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Votação secreta. Sinttel-ES distribuiu cédulas para evitar pressão da chefia

Com a votação na assembleia dos empregados/as no ES, em 70% deles/as rejeitaram a proposta de Acordo Coletivo 2014, apresentada pela GVT, e somando às decisões dos outros estados, a proposta patronal foi derrotada, apesar da forte pressão da gerentada.

A FENATTEL, federação nacional que representa os sindicatos na negociação, está formalizando a comunicação do resultado, convocando a empresa para uma nova rodada de discussões, em que ela reveja sua posição, em especial sobre as condições ferem a legislação trabalhista, como a da falta de isonomia salarial entre empregados que executam as mesmas funções.

O que está pendente para que a negociação avance:

• Acabar com a forma de aplicação do índice de reajuste proporcional à data de admissão, o que implica em um tratamento diferenciado entre os empregados.

• Que a empresa negocie de forma transparente o PIV (programa de incentivos variáveis). Hoje a empresa manipula da forma que quer, tirando assim a possibilidade de pagamento aos trabalhadores;

• Extensão do benefício cesta básica a todos os trabalhadores da GVT conforme reivindicação da Fenattel/Sindicatos. Hoje este beneficio é praticado para um pequeno número de trabalhadores na empresa no valor de R$ 250,00 e a comissão reivindica este beneficio a todos os trabalhadores;

• Negociação do Plano “esperto” Inteligente, cuja possibilidade flexível existente não reajusta os benefícios conforme reivindicam os trabalhadores. Por exemplo.: vale-refeição, cesta básica, convênio médico, onde a empresa decide qual plano de saúde será liberado para cada cargo, muitas vezes indicando “sutilmente” o caminho do SUS (Sistema Único de Saúde) no estado;

• Aplicar o reajuste no aluguel e manutenção de carros. Em algumas localidades onde a empresa paga o aluguel de carros, o reajuste é fundamental para a sobrevivência dos trabalhadores, os gastos relativos à manutenção de carros, cresceram assustadoramente no último período porém, a empresa oferece reajuste ZERO.

• Adoção de um piso salarial conforme reivindicação dos trabalhadores. A empresa continua a praticar pisos inferiores as CCT Estadual/Nacional para o pessoal de rede externa, posição esta inaceitável para uma operadora;

• Basta de Terceirizações: na mesa de negociação a empresa nega que esteja terceirizando, porém, o que vemos, na prática, é um processo acelerado de contratação, inclusive com empresas de propriedade de gestores da própria GVT;

• Fim do Banco de horas irregular, que a empresa pratica contra a vontade dos sindicatos, mantendo esta forma absurda de exploração;

• Além destes pontos, o que ficou patente no debate interno da comissão foi a atitude antissindical praticada pela empresa no decorrer dos últimos dias, demitindo representante sindical, boicotando a presença dos sindicatos na empresa para falar com os trabalhadores, além de demitir trabalhadores que se aproximaram do sindicato no sentido de efetuar reclamações quanto aos acontecimentos relatados acima sobre PIV, Plano “esperto” Inteligente e outros que foram relatados em todo os estados que a empresa opera.

A FENATTEL, que recomendou formalmente a rejeição, sabe que os atos antissindicais da GVT – coibindo a sindicalização e perseguindo dirigentes sindicais e delegados de base – fizeram com que, em alguns estados, a pressão dos gerentes forçaria os empregados a votar de acordo com a encomenda, mesmo sem concordar com os abusos.

Diante disso e das velhas pendências, a FENATTEL orienta que os SINTTEIS formalizem denúncias no MPT e nas SRTEs do Ministério do Trabalho. A GVT da multinacional francesa VIVENDI deve respeitar os trabalhadores e suas organizações. A denúncia dessa conduta foi encaminhada à UNI (Sindicato Global da categoria) que pressionará a matriz da multinacional.

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