A reprovação ao governo do presidente Michel Temer subiu para 55% em março, ante 46% em dezembro do ano passado, de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (31), que apontou ainda desaprovação de 73% à maneira de governar de Temer, contra 64% no levantamento passado. A pesquisa indica ainda que 79% não confiam em Michel Temer. Antes eram 72%.
A aprovação ao governo ficou em 10%, ante 13% em dezembro, enquanto aqueles que consideram o governo regular somaram 31%, contra 35%, segundo o levantamento.
O número daqueles que disseram aprovar a forma de governar de Temer também recuou, para 20%, ante 26% no fim de 2016. Assim como caiu o percentual das pessoas que afirmaram confiar no presidente: apenas 17% agora, ante 23% em março.
A queda na popularidade ocorre em praticamente todos os estratos da pesquisa. A região Nordeste apresenta o maior percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo (67%), mais de 10 pontos percentuais acima da segunda região com pior avaliação (Sudeste, com 52%). A região também é a que apresenta menores percentuais de confiança no presidente (13%) e de aprovação da maneira de governar (13%).
A piora da avaliação foi mais intensa na região Sul, com retração de 10 pontos nos percentuais dos que confiam no presidente Michel Temer e dos que aprovam sua maneira de governar, entre dezembro de 2016 e março de 2017. Apesar da queda, a região permanece aquela em que o presidente é melhor avaliado no país.
Entre as áreas de atuação do governo, 85% disseram desaprovar as ações e políticas adotadas em relação aos impostos, e 72% não aprovam as ações de combate à inflação.
A pesquisa também questionou os entrevistados a respeito de comparação do governo Temer com a gestão anterior, de Dilma Rousseff, e 41% disseram considerar a atual administração pior que a da petista.
Para 18% o atual governo é melhor que o passado, enquanto 38% disseram considerar ambos iguais.
Entre as notícias mais lembradas pela população, segundo o levantamento, a primeira posição ficou com as discussões sobre a reforma da Previdência, sendo citada por 26% dos entrevistados, à frente de notícias relacionadas à Lava Jato e investigações de corrupção na Petrobras (9%).
A pesquisa ouviu 2.000 pessoas em 126 municípios entre 16 e 19 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Confira aqui a íntegra da pesquisa CNI.
Pesquisa Ipsos divulgada ontem também mostra Temer na berlinda
Divulgado nesta quinta (30), o Barômetro Político, pesquisa nacional do instituto Ipsos, já havia mostrado que 90% dos entrevistados afirmaram que o Brasil está no caminho errado. O estudo mostrou que a avaliação do governo Temer piorou, com sua rejeição subindo de 59%, no mês anterior, para 62%.
Individualmente, o presidente Michel Temer foi desaprovado por 78% nesta pesquisa, que ouviu 1.200 pessoas e perguntou sobre a avaliação de 26 figuras do cenário político, nas cinco regiões do país durante a primeira quinzena deste mês. Entre os mais populares, lideram dois não políticos: o juiz Sérgio Moro, com 63% de aprovação, e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, com 51%.
Entre os índices de aprovação de políticos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera com 38% de avaliação positiva. Entre os tucanos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem 16% de aprovação, seguido do prefeito de São Paulo, João Dória (16%), e o senador Aécio Neves (MG), com 11%.
A presidenta do STF, ministra Cármen Lúcia, marcou 26% e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e a ex-senadora Marina Silva (Rede-AC) registraram 23% de aprovação entre os entrevistados. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é aprovado por 14%.
Do Portal Vermelho e Rede Brasil Atual