Pior impossível

Claro lucra R$2,75 Bi no 3T25 e oferece 2,5% de reajuste em março/26

Chega a ser provocação! A maior empresa de Telecom das américas querer dar 2,5% — menos da metade do INPC (5,05%) — de reajuste salarial. Para benefícios, a metade — 2,8% do INPC. Ainda se fosse na data base, setembro, vá lá, pois a negociação daria sinais de avanço, diante do que vem oferecendo as demais operadoras. Mas elas rezam na mesma cartilha. Esses índices miseráveis são para o ano que vem. 

Chegamos à terceira telerreunião com uma proposta revoltante, no momento em que o Grupo Claro anuncia um resultado de R$ 13 bilhões até setembro/2025, uma alta de 5,4% em relação ao mesmo período de 2024.  EBITDA de R$ 5,93 bilhões, avanço de 6,5%. E lucro operacional somando R$ 2,75 bilhões, crescimento de 11,8% na mesma base de comparação.

E os representantes da Claro, cinicamente ainda argumentam que houve avanço, pois a proposta anterior — não menos esquizofrênica — era de 1,9% em abril para salários e 2% para benefícios em fevereiro de 2026.

E tem o abono que a empresa também frisa que avançou. Saiu de R$ 500 para 800,00.  É um tapa na cara!

PPR?  A mesma proposta do ano passado. Leia aqui

A comissão de negociação da Federação LiVRE disse um sonoro NÃO para a empresa, destacando que os trabalhadores merecem parte dos lucros e resultados por ela mesma divulgados.

Sandra Zwirtes (Sinttel RO) Gilberto Oliveira (Sinttel-PE), Dimas (Federação LiVRE) Virginia Berriel (Sinttel-Rio), Fabiano Guimarães (Gerente RT Claro) Magno Olson da Silva (Sinttel ES) Antônio Ramos (Branquinho – Claro) Paulo Sérgio Gama (Sinttel MA) e Natanael Brito (Claro)

A Claro não discute a pauta de reivindicações que foi enviada para negociar o Acordo Coletivo. “Esse ano é para ser discutido todo o acordo e tem muitas cláusulas precisando de alteração”, explica Sandra Zwirtes, diretora do Sinttel RO.

Ela cita as horas extras que vão para o banco de horas e que deveriam ser pagas, pelo menos o domingo e os feriados; auxílio estacionamento para o técnicos que precisam trabalhar nas grandes cidades, metas abusivas, facilitar o acesso ao auxílio PCD como pecúlio, entre outras reivindicações.

A Claro não tratou nada da Inteligência Artificial na vida dos trabalhadores em seus locais de trabalho. Uma das cinco reivindicações estratégicas da Federação LiVRE (sinttels AM, ES, MA, PE, RJ e RO) é garantir empregos e condições saudáveis para os empregados.

Veja o quadro comparativo das propostas da segunda para terceira reunião, realizada na tarde desta quinta-feira, 16 de outubro.

COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO DA FEDERAÇÃO LIVRE – Coordenador  Dimas Santos (Federação LiVRE), Sandra (Sinttel-RO), Virginia e Luis Antônio (Sinttel-Rio) Gilberto Oliveira (Sinttel-PE), Magno Olson (Sinttel-ES) Paulo Sérgio (Sinttel-MA) e Manuel Silva (Sinttel-AM).