A União tem um orçamento de R$ 5,5 bilhões para gastar com tecnologia da informação (TI) neste ano. Do total, já empenhou R$ 4,36 bilhões. E dentro desses valores, seus principais fornecedores serão o Serpro, a Dataprev (ambos estatais), e a Claro.
Mas ainda não se sabe se o governo vai de fato gastar o dinheiro previsto no orçamento. Isso porque, além de o valor empenhado já ser mais baixo que o do orçamento, o dinheiro aplicado é apenas uma fração do total. Até o momento, R$ 860 milhões foram efetivamente pagos aos fornecedores.
A diferença entre os valores, no entanto, são gigantescas. O Serpro deve receber este ano R$ 1,17 bilhão. A Dataprev, quase metade disso, ou R$ 546 milhões. A Claro, por sua vez, tem contratos de R$ 176,74 milhões.
No ranking de entidades da Administração Pública, o Ministério da Fazenda se destaca como o que mais gastou com TI, com registro de mais de R$ 2,2 bilhões em 2017. Atrás dele, está o Ministério da Saúde, com R$ 557,6 milhões, aproximadamente, seguido do Ministério da Educação, com um gasto de cerca de R$ 547,3 milhões.
Os números fazem parte do Painel Gastos de TI, uma ferramenta de transparência lançada hoje, 05, pela Controladoria-Geral da União (CGU). O Painel consolida mais de R$ 24 bilhões empenhados pelos órgãos e entidades do Governo Federal desde 2014.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, por exemplo, prevê orçamento de R$ 141,4 milhões neste ano. Até agora, gastou R$ 9,32 milhões, e empenhou R$ 87,3 milhões. Ano passado, o orçamento era de R$ 132 milhões, dos quais R$ 50,7 milhões foram aplicados e R$ 116 milhões empenhados.
A Claro é a maior fornecedora para o MCTIC, com contratos de R$ 15,43 milhões neste ano. Em seguida vêm CTIS (R$ 13,23 milhões) e Central IT (R$ 12,7 milhões).