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Chefia da Telemont libera trabalhadores para confrontarem o Sinttel

21/12/2016 - 21h33 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Trabalhador expressa a vergonha que sente da Empresa

As manifestações dos trabalhadores contra o Sinttel, realizadas a mando da chefia da Telemont, tanto no dia 16/12, como nesta manhã de quarta-feira (21) são uma afronta à inteligência de qualquer ser pensante. Tudo foi fotografado e registrado nas redes sociais. As atitudes da diretoria da Telemont em colocar os trabalhadores contra o Sinttel, para tirar vantagem não pagando os pisos da Convenção Coletiva de 2015, é um crime previsto na Constituição Federal. A manipulação dos empregados, fere a liberdade e autonomia sindical dos trabalhadores.

Intimidar o Sinttel!

É um golpe, parecido com o da presidenta Dilma. Ela, a única sem nenhuma denúncia de corrupção, foi afastada por uma corja de corruptos. A mídia golpista alienou os coxinhas de camisas amarelas, que bateram panelas pelo impeachment.  O Sinttel é o único que está certo, mas a empresa colocou os trabalhadores contra o Sindicato porque prefere dar dinheiro para políticos corruptos, como o deputado cassado e preso, Eduardo Cunha, e toda a corja  do PMDB delatada na Lava Jato e que estão no governo do ilegítimo presidente MiShell Temer, ao invés de pagar pisos salariais da CCT 2015/2016.

Tabela comparativa dos pisos salariais.

Foram 11,9 milhões de reais para campanhas eleitorais desses candidatos em 2014. Uma clara demonstração que pagar aos trabalhadores um salário digno, pisos por função, os retroativos salarial e do auxílio-alimentação já previstos nas convenções acordadas com o Sindicato Patronal, reajustar o aluguel dos carros, PPR e outras tantas reivindicações, é algo sem a menor importância para esta empresa. É mais justo enganar os trabalhadores e peitar o sindicato por causa de uma ação judicial. Eis a questão: Pisos salariais que podem botar um freio na veia exploradora das prestadoras de serviço em telecomunicações e deixar um rastro que a Telemont jamais esquecerá. Cada um “colaborador” do seu quadro de 16 mil trabalhadores, em vários estados, vai correr para ter os pisos que o ES batalhou para conquistar. Esse é o motivo de tamanho desespero e que acirrou ainda mais as disputas.

O Assédio

Tudo começa pelas redes sociais. Os trabalhadores publicam o que a chefia manda, gravam as conversas, as reuniões do ponto de encontro e compartilham as mensagens dos encarregados. Publicam conversas, fotos, dando ao Sinttel, que apresentará denúncia ao Ministério Público do Trabalho, todas as provas da “orientação dos  superiores da Telemont” na manifestação orquestrada contra o ente sindical, por defendê-los diante das manipulações da empresa.

Na primeira manifestação no dia 16/12, além de serem liberados do trabalho, a Telemont pagou o estacionamento dos carros agregados dos técnicos, facilitando, assim, a permanência deles na frente do prédio do Sinttel. O coordenador Tiago foi fotografado pagando os tíquetes de estacionamento para os técnicos que deixaram os carros no estacionamento particular (veja).

Na segunda manifestação, a empresa dispôs seus próprios veículos para levar os trabalhadores/as até a sede do Sinttel (fotos), principalmente aqueles lotados nas áreas administrativas e de dados.

Veículo da empresa transportando os trabalhadores

Trabalhadores/as, que nunca participaram de uma assembléia convocada pelo Sindicato, empunhavam cartazes de que o Sinttel não os representa. Certamente a lei deveria ser mais justa e os sindicatos só representariam somente os sindicalizados. Assim, não teriam a obrigação de brigar na Justiça do Trabalho pelo bem de todos e, ainda, sofrer represálias por não permitir que uma parte insignificante de trabalhadores (menos de 10%) façam côro com a ganância da Telemont, traindo os demais empregados que são os principais e diretos interessados na aplicação da Convenção Coletiva de Trabalho assinada com o Sinstal, em 2015, e que lhes dariam um piso salarial digno.

O contra-ataque

O presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann, por volta das 10 horas, no momento que a manifestação fechava o trânsito da Avenida Jerônimo Monteiro, em frente ao Sinttel, telefonou  ao Sr. Frederico Valério (Fred), gerente local e para o Sr. Fernando Bhering, Diretor Regional da Telemont. Nilson foi taxativo em afirmar que todos sabem da visível participação da empresa. E avisou: “que qualquer ocorrência que acontecesse, qualquer problema com os trabalhadores ou com o Sindicato,  seria de INTEIRA RESPONSABILIDADE DA TELEMONT”.

Ouça a conversa com o Fred. O gerente fica sem ação, gagueja, repete as frases, mas não consegue disfarçar que foi desmascarado.

Comissão já tem até advogado

Os representantes da Telemont se limitaram a repetir a mesma ladainha de sempre: que o Sindicato é intransigente e que quer prejudicar os trabalhadores. Se eximiram de qualquer participação no movimento, mesmo com tantas provas. Porém, no final da tarde, após uma denúncia no Ministério Público do Trabalho, os insatisfeitos com o Sindicato, bem orientados juridicamente, formaram uma Comissão de Trabalhadores e que pretende ingressar na Justiça para obrigar  Sinttel a convocar uma assembleia para aprovar a tal proposta da empresa. Ameaçam processar o sindicato e convocar eles mesmos a tal assembleia. Isso demonstra claramente que a  empresa colocou à disposição dessa tal Comissão, todo o seu aparato, amparando e orientando suas ações.

Essa comissão apresentou ao MPT uma lista com 130 assinaturas. Mas a Guarda Civil de Vitória estimou em 70 manifestantes. Como a lista tinha o dobro de assinaturas?

A rádio peão informou que a lista foi feita dentro da empresa, pois o prêmio pela assinatura seria o pagamento do retroativo do tíquete ainda este mês, para aqueles que assinaram.

A Comissão que representa os colaboradores e a empresa

É como  dar uma mão a Deus e a outra ao diabo ao mesmo tempo. A tal comissão diz que representa os insatisfeitos contra o Sindicato e, ao mesmo tempo esconde a empresa do movimento, mas recebe o apoio e toda a estrutura para conduzir os trabalhadores para fazer o que a  Telemont quer. E o que ganharão com isso? A rádio peão deu conta no final da tarde que para os insatisfeitos a empresa vai pagar o retroativo do tíquete.

O Sindicato não é contra a proposta que reajusta em 10% os salários e o tíquete. E se a Telemont quiser aplicar a sua proposta, que faça! Não há nada que a impeça, inclusive pagando os retroativos.

Mas a sua maldade, arrogância e a crueldade em manter a precarização dos salários, há anos repetida, quer obrigar o Sindicato a abrir mão de Ação que move na Justiça contra todas as empresas prestadoras de serviço em Telecomunicações para fazer valer a CCT 2015/2016. Isso não vai acontecer.

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