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Campanha Salarial nas Operadoras: Não há crise no setor de Telecom

04/09/2017 - 7h04 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Em 2016, o setor de telecomunicações teve uma receita operacional de R$ 226,5 bi. E esse crescimento se manteve em 2017. Isso representa nada menos do que 3,6% do PIB brasileiro (Produto Interno Bruto). Números de fazer inveja aos demais setores da economia. Segundo a LCA Consultoria, cada milhão investido pelo setor gerou 3,4 milhões na economia. Esse retorno é maior do que o obtido pelos setores agropecuário e industrial.

Os bons resultados do setor e das operadoras não se refletem nos salários e benefícios dos trabalhadores. E estes estão dispostos a continuar aumentando os seus lucros e gerando prejuízos para os empregados.

Um dado importante é que a cesta básica no Rio de Janeiro, em março desse ano, segundo dados do Dieese, foi de R$ 431,31. E o índice do custo da refeição fora de casa subiu 6,45% no acumulado entre março de 2016 e março de 2017. Não é por acaso que uma das reclamações entre os trabalhadores é a inclusão da cesta básica.
Na campanha desse ano os trabalhadores das operadoras estão unidos e determinados a não aceitar nada a menos.

Claro sinaliza negociações salariais difíceis

A Claro fechou o reajuste salarial para os trabalhadores oriundos da NET. As notícias são preocupantes:

  • Reajuste: 2,07% (menor que o INPC)
  • VA e VR: ZERO
  • Auxílios creche e especial: 2,07%

OBS: Apesar de todos fazerem parte da mesma empresa, a Claro insiste em segregar os trabalhadores oriundos da NET e negociar com OUTRO SINDICATO.

Os embates com a CLARO têm sido duros nos últimos anos. Nossa negociação começará em breve. Reajuste igual ao da NET NÃO !

PERSPECTIVA
A Claro já dá sinais de que tentará precarizar salários e benefícios este ano. As negociações salariais dos demais setores, em meio a um cenário de retomada lenta da economia e de forte crise política, tem ficado abaixo do desejado.

A reforma trabalhista comandada pelos empresários teve um só objetivo: diminuir os ganhos dos trabalhadores e enfraquecer os sindicatos. É com esse cenário adverso que iniciaremos as negociações salariais do novo Acordo Coletivo.

É preciso que tenhamos consciência disso para iniciar nossa caminhada. Vamos Juntos!

Precisaremos do trabalhador para organizar uma luta séria e com bons resultados!

Vivo volta a negociar dia 13 de setembro

É outra que também não tem do que reclamar. Mas vai à mesa de negociação chorar misérias e intimidar os trabalhadores com a ameaça de cortar custo. A receita da Vivo no segundo trimestre desse ano foi de R$ 6,5 bilhões. Dados do Dieese de 2016 dão conta de um lucro líquido de R$ 4,08 bilhões. De toda riqueza gerada pela Vivo em 2016, apenas 13% foi gasto com os trabalhadores. Em contrapartida, a produtividade dos trabalhadores no mesmo período cresceu 6%. Não vamos aceitar nenhuma proposta que adie o reajuste de salários e imponha qualquer sacrifício aos trabalhadores.

TIM começa a negociar

Terá início no final de agosto, no Rio de Janeiro, as negociações salariais com a TIM. A empresa, a exemplo das demais operadoras, não tem do que reclamar. Em 2016, teve uma receita líquida R$ 15 bilhões e um lucro líquido de R$ 750 mil. Um crescimento que se manteve este ano, até o segundo trimestre ela teve um lucro de R$ 219 milhões.
O Sindicato estará reivindicando amanhã o que consta da pauta de reivindicação aprovada pelos trabalhadores e encaminhada à empresa. Entre os principais itens, destacamos:

  • Reajuste pelo INPC integral para todos os trabalhadores independente de faixa salarial
  • Ganho real de 5%
  • Piso salarial de R$ 2.205,00
  • Vale refeição de R$ 46,20 par 26 dias e a ser pago integralmente aos trabalhadores afastados por férias, licença maternidade, auxílio doença e acidente de enquanto perdurar a licença
  • 13ª cesta de benefícios no valor de R$ 1.731,45 concedida através de cartão eletrônico para todos os trabalhadores, inclusive afastados.
  • Auxílio creche para os trabalhadores com filhos até sete anos no valor mensal até 100% do piso da categoria
  • Reembolso par dirigir carro próprio no importe de 2,10 por quilômetro rodados R$ 2.017,00), moto (R$ 609,00).

 

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