Notícias

Campanha nas operadoras: negociações continuam

22/10/2012 - 8h25 - Sinttel-ES - Tania Trento
Imprimir

As negociações com as operadoras continuam. A Comissão Nacional de Negociação, coordenada pela Fenattel já se reuniu com a Tim, Embratel e Claro e já tem calendário com as outras operadoras. A Claro é a mais irredutível.

As negociações da ACT com a Claro tem poucos avanços. A empresa se nega a dar aumento real e ofereceu apenas o INPC. A última rodada de negociação aconteceu nos dias 18 e 19 passado.

A principal reivindicação dos trabalhadores da Claro é de aumento real e igualdade de tratamento conforme é praticado em São Paulo, como cesta básica e tíquete refeição nos mesmos valores e o fim do banco de horas. Também reajuste de 5,58% mais ganho real de 2,5%.

A empresa mexicana, que remunera bem os acionistas, negou o reajuste e demais cláusulas, em sinal de total falta de consideração com as necessidades dos trabalhadores que construiram sua marca no Brasil.

Claro está irredutível

As negociações com a Claro já estão acontecendo desde setembro e a empresa se mantém irredutível. Negou inclusive a mudança da data base, que a categoria tenta há três anos.

Da pauta de reivindicações apresentada pela Comissão Nacional, a Claro se deu ao trabalho de responder apenas a cinco itens. Mas nada que representasse ganhos para a categoria, pois em todos eles ou negou as reivindicações ou ofereceu contraproposta abaixo da realidade dos trabalhadores.

A direção da Fenattel avalia que os patrões da Claro querem apenas levar vantagem. A Federação garante que sem aumento real não haverá acordo. Eles consideram indecente a posição da empresa em oferecer apenas o INPC. Tão indecente que nem será levada para apreciação em assembleias.

No entendimento da Fennatel, a tática da CLARO é tentar quebrar a unidade dos trabalhadores e abrir espaço para que as demais operadoras também não precisem pagar aumento real, quando a realidade do mercado não é essa. A economia cresce, a empresa participa das licitações 4G, está expandindo seus negócios só que não ficará mais competitiva às custas de empobrecer e reduzir o poder de compra de seus trabalhadores.

A Claro já está arrolada em processos judiciais como devedora solidária e existem pendências referentes à violação de direitos de Norte a Sul do País. As prestadoras de Serviço da Claro como a Tellus e Vidax vão no mesmo caminho e descumprem contrato de trabalho e sonegam direitos dos trabalhadores. Também podem ser denunciadas por ferir a lei do trabalho decente.

Continuaremos na luta para que a Claro reveja sua posição e trate seus trabalhadores com dignidade.

Enquanto isso, na Embratel

Na Embratel, a primeira reunião aconteceu no dia 18/10. Este ano serão negociadas apenas as cláusulas econômicas.

Junto com a Claro, a Embratel faz parte do conglomerado América Movil no Brasil, que também é dono da NET.

O ganho real também é a principal reivindicação dos trabalhadores da Embratel, que querem o INPC mais 5% de ganho real; tíquete refeição de R$ 26,00; cesta básica de R$ 300,00; gratificação de férias de 70%; auxilio creche e auxílio excepcional de R$ 650,00 e data base em 1º de setembro.

A Embratel tem caixa para atender a essas reivindicações. De acordo com o ranking Valor 1000, organizado anualmente pelo jornal “Valor Econômico”, a empresa está em posição de destaque, em 33º lugar entre as mil maiores empresas por receita líquida. Já com relação ao EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), a Embratel ficou em 16° entre as mil maiores empresas do Brasil. Os dados referem-se ao ano de 2011.

Na primeira reunião de negociação, ficou garantido que o sistema de aprovação da proposta pelas assembleias será igual ao do ano passado, ou seja, pelo total dos votos dos estados representados.

A empresa considerou aplicar como parâmetro 100% do INPC para benefícios e para reajuste, mas com teto salarial limitado a R$ 6.000,00 e parcela fixa acima deste valor. A Comissão de Negociação se posicionou no sentido de excluir o teto salarial, bem como a necessidade de se estabelecer um percentual de reajuste de ganho real e para salários e benefícios, além de garantia de pagamento mínimo do PPR.

Diferentemente da Claro, foram debatidos todos os 38 itens da pauta, ficando alguns para a empresa responder na próxima reunião. A empresa apresentou os seus parâmetros orçamentários que balizam a proposta, mas que com base no pleito da comissão estará levando novamente para apreciação da direção da Embratel. Com a rejeição da proposta pela comissão, ficou agendada a próxima reunião para o dia 08 de novembro.

TIM: terceira rodada

Depois de pedir o adiamento da terceira rodada de negociação, que deveria ter acontecido dia 4, a TIM se reuniu também no dia 18 com a Comissão Nacional de Negociação.

Nas duas rodadas anteriores, a empresa apresentou propostas que foram sumariamente rejeitadas pelos representantes dos trabalhadores. A empresa ofereceu 4,15% de reajuste para salários até R$ 6 mil. Acima desse valor, fixo de R$ 249,00. Também propôs um abono de 20,75% para salários até R$ 6 mil e, acima disso, valor fixo de R$ 1.245,00.

Na reunião realizada dia 18/10, a empresa apresentou proposta com alguns itens que pode-se considerar avanços, em comparação com o que foi proposto até agora. Como existem pendências a serem solucionadas, a proposta só vai ser divulgada na sua totalidade no início da próxima semana.

Confira as rodadas de negociação com as outras operadoras:
Oi – Dia 23/10
Nextel – Dia 23/10
GVT – Dia 25/10

Inscreva-se para receber notícias do SINTTEL-ES pelo WhastApp.
Envie uma mensagem com o seu nome (completo) e o de sua empresa para (27) 98889-6368

Pin It on Pinterest

Sinttel-ES