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Conduta desumana

Calor escaldante tortura trabalhadores na Procisa/Claro

17/02/2025 - 12h14 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES

A jornada dos trabalhadores da Procisa, empresa do Grupo CLARO, que recebem e distribuem material para os instaladores no galpão, sede da empresa em Cobi, Vila Velha/ES é uma tortura diária. O calor intenso das temperaturas extremas registradas e que castigam fisicamente os “colaboradores” é ignorado pela chefia. O Sindicato cobrou providências há 79  dias e nada foi feito.

Sede da empresa esta no galpão à esquerda (Imagem Google Maps)

O galpão da antiga Pepsi Cola, na avenida Lindemberg, no bairro de Cobi é uma panela de pressão (foto). É neste local que a Procisa se instalou no ano passado. Dentro do galpão, os ambientes administrativos são refrigerados, gerando conforto para os trabalhadores. Porém, não é assim no restante do espaço, onde fica o almoxarifado com os materiais que os intaladores e técnicos vão buscar para atender aos clientes da empresa.

E é ai que a tortura acontece. Os trabalhadores que recebem os materiais que chegam ao almoxarifado, para separá-los e depois entregá-los aos instaladores, estão submetidos a um calor escaldante, diariamente, como se no mundo tecnologicamente desenvolvido de hoje, não houvesse uma solução para tornar a temperatura do ambiente, pelo menos, suportável. Um e-mail enviado em 10 de dezembro, pelo sindicato, sugere soluções para transformar a sauna num ambiente menos quente, até agora desconsideradas pela empresa.

A ciência considera que temperaturas acima de 40°C podem afetar seriamente a saúde das pessoas e que o aumento excessivo da temperatura ambiente (a partir de 35°C) sobrecarrega o mecanismo termorregulador do corpo.

O presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, cobrou novamente no dia 31 de janeiro desse ano. Hoje, 17 de fevereiro, portanto há 79 dias da primeira cobrança, nada foi feito para minimizar o sofrimento dos trabalhadores.

Semana passada, o diretor do Sindicato, Vanderlei Rodrigues, fez um vídeo mostrando que o problema continua, o que demonstra que a Procisa está ciente do sofrimento fisico e mental que vem causando aos empregados, mas não quer resolver a situação.

Os avisos e pedidos de solução para tornar o embiente em condições humanas acabaram, conforme e-mail enviado ao gerente Luiz Felipe.

Veja abaixo e-mail enviado à empresa no dia 31 de janeiro.

Boa tarde, Luiz Felipe.

No dia 10/12/2024, há 45 dias portanto, enviamos solicitação para que a Procisa tomasse providências para minimizar o sofrimento dos trabalhadores que atuam aqui no ES, em relação ao calor extremo que estão submetidos, conforme já relatado no e-mail enviado.

Para o meu espanto, até agora nada foi feito.

É lamentável que a Procisa fique emperrada nas entranhas da sua burocracia ou, simplesmente, um desleixo e falta de consideração e respeito com os seres humanos que trabalham para ela. Enquanto alguns estão comodamente fechados em ambientes climatizados, outros têm que sofrer, trabalhando em local altamente insalubre, sem que isso cause qualquer constrangimento ou, um mínimo, de sensibilidade humana naqueles que deveriam cuidar dos seus “colaboradores”.

Luiz, espero que a Procisa providencie com urgência a solução desta situação.

Não é do feitio do Sinttel-ES tratar as empresas na base de ameaças. Mas, se nada for resolvido, até a próxima semana, iremos até onde for preciso (MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, MPT – Ministério Público do Trabalho) para que a empresa corrija esta situação, além de publicarmos nos nossos informativos e denunciar essa conduta desumana da Procisa.

Obrigado.

Nilson Hoffmann
Presidente do Sinttel-ES

E-mail enviado dia 10 de dezembro de 2024

Venho por meio deste solicitar sua ajuda para amenizar uma situação vivenciada pelos trabalhadores da Procisa na filial de Vila Velha – ES. Recentemente, estive no local e constatei que o calor no almoxarifado, especialmente durante o pico de calor, tem se tornado bastante desconfortável. Inclusive, um trabalhador precisou trazer um ventilador de casa para amenizar a situação.

Conforme conversamos na oportunidade em que esteve em nossa sede aqui no Espírito Santo, essa questão poderia ser resolvida com a construção de uma sala utilizando divisórias e a instalação de um ar-condicionado. Essa estrutura atenderia a necessidade de maior conforto para os trabalhadores, especialmente considerando que há uma demanda maior de atendimento presencial no início da manhã.

Conto com sua atenção e apoio para que possamos proporcionar melhores condições de trabalho aos trabalhadores.

Atenciosamente

Reginaldo Biluca
Diretor do Sinttel-ES

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