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BrasilCenter vai ao TST para ficar com R$1,63 de cada teleoperador

19/04/2017 - 11h17 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Em mais uma atitude digna da “Casa Grande” quando os senhores de escravos alimentavam melhor os porcos do que os homens e mulheres negros/as nas senzalas, a BrasilCenter conseguiu no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, suspender a liminar que garantia o pagamento imediato das vitórias obtidas no julgamento do DISSÍDIO COLETIVO. Tudo isso, pasmem, para não pagar R$ 1,63 (1 real e 63 centavos)  a mais no já defasado salário de seus mais de 1,5 mil teleoperadores que recebem o salário mínimo.

A justiça do trabalho no ES deu um prazo de 10 dias, no final de março, para que a BrasilCenter  cumprisse a sentença do Dissídio Coletivo, julgado em 23/11/2016, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES).

Esse ultimato à empresa veio porque o SINTTEL  pediu – por meio de um recurso chamado de LIMINAR – ao juiz da 7ª Vara do Trabalho de Vitória, Antônio de Carvalho Pires, que amenizasse os anseios, os prejuízos, a perda de renda, a corrosão dos salários e benefícios desde abril de 2016  e ordenasse o imediato pagamento dos reajustes, abonos e outras garantias. O piso salarial definido pelos desembargadores foi de R$ 938,63. Isso é R$ 1,63 a mais do que os empregados recebem atualmente.

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A sovinice da empresa falou mais alto e no TST o ministro Ives Gandra suspendeu a LIMINAR do Sinttel até que o recurso da BrasilCenter seja julgado na Sessão de Dissídio Coletivo do TST.  Ou seja, a galera que ganha R$ 937,00 na BrasilCenter vai ter que esperar, porque um ministro que recebe mais de R$ 30 mil por mês, tem auxílio moradia, paletó, plano de saúde e outras mil vantagens, decidiu contra os trabalhadores em favor da empresa.

A pão-dura BrasilCenter não pediu a suspensão. Queria a extinção do processo de dissídio, alegando que o Sinttel não respeitou a norma do “COMUM ACORDO”. Ou seja:  levar o impasse da  negociação coletiva de 2016/2017 para a justiça do trabalho decidir deveria ser de comum acordo com a empresa. É pra rir? Onde, quando a BrasilCenter concordaria com isso??? Se fosse assim, não teria recorrido ao TST para ficar com R$ 1,63 de cada trabalhador!

A avareza da BrasilCenter não é novidade

Mesmo quando era uma empresa do Grupo Embratel já explorava os candidatos aos seus postos de trabalho, não pagando salários no mês do treinamento. Foi preciso que o Sinttel buscasse a Justiça para que essa mesquinha  empresa pagasse salário durante os 30 dias que o candidato ficava à sua disposição. Outra miudeza da BrasilCenter é não pagar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para todos os trabalhadores. De novo, o Sinttel foi a Justiça para que todos os excluídos pudessem receber o  benefício. E até hoje tem ex-empregado recebendo o processo.

Dissídio – foi com o aval da categoria que o SINTTEL decidiu ir à dissídio, pedindo que a justiça julgasse as reivindicações dos trabalhadores porque, na negociação do ano passado, a empresa não queria dar nenhum reajuste para os mais baixos salários, somente um cala-boca, com pagamento de abono em função de não reajustar salários na data base. E ainda discriminava os empregados, pois daria reajuste de 9,91% para alguns e para outros nada. 

E para ficar com R$ 1,63 em cada contracheque, a mão-de-vaca BrasilCenter, empresa do também mesquinho Grupo Claro, preferiu pagar advogados e a própria justiça – já que para recorrer ao TST precisa fazer um gordo depósito judiciário.

Reunião do Acordo Coletivo 2017/2018 será dia 26 de abril

No próximo dia 26, a empresa e o Sinttel se reúnem, mais uma vez, para discutir as reivindicações dos trabalhadores para o Acordo Coletivo de Trabalho de 2017/2018. A empresa deve vir chantageando, como é de sua prática costumeira, pressionar o Sindicato a levar para a categoria uma proposta medíocre.

Greve  Geral dia 28/04

O Sinttel-ES conclama os mais de 2 mil trabalhadores da BrasilCenter a ir à greve geral convocada pelas Centrais Sindicais, a Frente Brasil Popular e O povo Sem Medo. É hora de mostrar que os trabalhadores da BrasilCenter merecem respeito. Um dia descontado do salário, uma advertência não fará falta para os trabalhadores que lutam para ter uma aposentadoria, que lutam para manter direitos trabalhistas como férias, 13º salário, jornada de 36 horas semanais que o Congresso e o presidente golpistas querem retirar, com o apoio de empresas como a BrasilCenter. Vamos à luta.

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