Começa a negociação
A primeira telerreunião com a BRASILCENTER, realizada no dia 19/04, para negociação do Acordo Coletivo 2023 começou discutindo a equiparação dos salários atualmente pagos e o reajuste do salário mínimo que valerá R$ 1.320,00 a partir do dia 1º de maio. Outro assunto, foi o achatamento da diferença que os salários dos REPs Especializados vem tendo em relação ao piso dos REPs de atendimento e outras funções dentro do call center da CLARO.
Não houve apresentação de propostas por parte da empresa para a solução desses que, para o Sindicato, serão os maiores entraves da negociação. A data base para rediscussão do Acordo é 1º de abril. Nova reunião nesta quarta-feira, 26.
O SINTTEL-ES, representado pelo seu presidente, Nilson Hoffmamm, mostrou à equipe de negociação e ao gerente de Relações Trabalhistas da CLARO BRASIL, Fabiano Guimarães, que é preciso dar mais atenção a essas questões, pois se a empresa pretendia oferecer um reajuste salarial, aplicando somente a inflação do período, como sempre faz, haverá muita rejeição na categoria.
O INPC de 1º de abril de 2022 a 31 de março de 2023, divulgado pelo IBGE no dia 11/04, foi de 4,36%. Este é o índice de inflação dos últimos 12 meses.
Desde 1º de janeiro a 31 de abril, o valor do salário mínimo é de R$ 1.302,00. Foi reajustado em pouco mais de 7% em relação aos valores de 2022.
Em 1º de maio 2023, o reajuste do salário mínimo somará 8,9% passando para R$1.320,00. Com esse aumento ele cobrirá a inflação do ano passado de 5,81% e terá um aumento real de 3,1%.
“Ou seja, sem aumento real que supere o reajuste do salário mínimo e que dê um valor real ao tíquete alimentação, a negociação vai empacar, conforme aconteceu no ano passado”, prevê Nilson Hoffmann.
Pesquisa na base
O Sinttel fez uma pesquisa junto aos trabalhadores da empresa, através de um questionário on-line, querendo saber quais as reivindicações deveriam ser levadas para a discussão do Acordo Coletivo.
Recebemos 66 questionários respondidos. Pouco, se considerarmos os mais de 1.500 trabalhadores no call center, porém muito significativos, explicativos. Participaram 59% de trabalhadoras que se definiram com o gênero feminino, 23% masculino e 16,7% de LGBTQIA+.
A abrangência das respostas tornou possível sentir o clima entre os trabalhadores.
Em todos os questionários, ou seja, 66 trabalhadores/as foram unânimes em pedir reajustes salariais e nos benefícios acima de 10%.
Com relação ao tíquete alimentação, todos e todas, sem exceção, pediram que o valor diário seja reajustado para comprar um lanche saudável, nutritivo e que mate a fome. Não apenas um salgado e um refrigerante que é o que se compra hoje com R$11,40. Muitos fizeram questão de descrever os valores praticados por outras empresas, demonstrando que a BRASILCENTER é a que PIOR paga o benefício no ES, dentre todos os call centeres.
Ticket nas férias – Em terceiro lugar, veio a reivindicação Ticket nas férias, praticado em outras empresas, como a Sollo, Ivox, Annellus, entre outras.
Ajuda de custo no Home Office foi a quarta maior reivindicação. Segundo os trabalhadores R$80,00 não paga nem o plano de internet quanto mais energia, etc.
PPR de 0,8 salários, igual ao praticado na BrasilCenter do Rio de Janeiro veio em quinto lugar.
Outras reivindicações
Todas as reivindicações serão repassadas à Comissão de Negociação da BrasilCenter.
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