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Destravar o reajuste

Trabalhadores/as na BrasilCenter apoiam paralisações surpresas

20/06/2025 - 9h35 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES

Uma enquete realizada no Grupo de WhatsApp do SINTTEL-ES com trabalhadores da BrasilCenter revelou que a maioria apoia paralisar as atividades do call center do Grupo Claro em Vila Velha/ES. Isso demonstra o grau de insatisfação dos/as teleoperadores e demais empregados/as pela falta de respeito e descaso da empresa, após a rejeição de sua proposta pela assembleia, estabelecendo esse impasse.

Valores somados nas três enquetes com o mesmo texto, postadas no grupo !

Sem resposta há três meses, o sindicato resolveu consultar os trabalhadores sobre o que fazer diante do descaso da BrasilCenter.

A enquete revelou que 50%, dos 342 trabalhadores, participantes do grupo estariam junto com o Sindicato para “de surpresa paralisar as atividades no call center por algumas horas“. Outros 20% optaram para que o Sinttel-ES continue tentando o acordo e apenas 0,01% responderam que o Sindicato leve o problema para a Justiça do Trabalho. (Veja imagem).

Confirmando a pecha de ser a EMPRESA MAIS ANTISSINDICAL  dentre as operadoras, o Grupo Claro Brasil não quer continuar negociando o Acordo Coletivo dos trabalhadores da BrasilCenter. Isso é um fato!

Há exatos três meses, o gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais, Fabiano Guimarães, não responde aos pedidos de reunião para discutir uma contraproposta para concluir as negociações e reajustar os salários e benefícios dos empregados.

Diariamente a categoria cobra uma solução do SINTTEL-ES, assim como o Sindicato cobra a empresa e se faz de surda e morta. Diante desse quadro caótico, de impasse e insatisfação gigante, não há mais como ter paciência e esperar a vontade soberana e atrasada da empresa.

Todo ano, é uma luta para o Sinttel-ES reunir-se com a comissão de negociação da Claro/BrasilCenter.

Até o ano passado, a data base para negociar o acordo coletivo era Maio. A empresa reclamava e queria levar para Janeiro, mês em que há negociações salariais na maioria dos call centers no Brasil. O Sindicato e a categoria concordaram, achando que a BrasilCenter/Claro iria tomar jeito e tratar os seus empregados com respeito e valorização.

Ledo engano. A pauta de reivindicações foi enviada em janeiro, mas com a enrolação da gerência, a proposta só veio três meses depois, em Março. Foi levada para apreciação em assembleia nos dias 13 e 14 e rejeitada por ampla maioria: 72% ou 531 votos contrários. São seis meses de espera pelo reajuste nos salários e benefícios.

Os salários só não estão como no acordo de 2024, porque quem ganhava abaixo do mínimo teve o reajuste do governo em janeiro. Porém, quem ganhava acima do salário mínimo, ainda estão recebendo o salário do ano passado, sem qualquer atualização.

A maior reclamação é com o valor do tíquete refeição R$15,61 (6h), R$18,22 (7h12) e R$32,13 (44h). Se a proposta fosse aceita, este seria o menor tíquete pago dentre todas as empresas de call center do nosso estado.

O mesmo com o salário. É a terceira pior remuneração dentre as maiores empresas do ES. Só perde para Crednorte, localizada em Pinheiros, norte do ES e a Ivox, que paga salário mínimo, mas é uma empresa micro em comparação aos quase 2 mil empregados da BrasilCenter .(Veja Tabela).

 

 

 

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