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Boicote ao cartão Alelo sobra para os trabalhadores da Telemont, Oi e Dacasa

02/12/2014 - 14h44 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Há dois meses os/as trabalhadores/as da Telemont, Oi e do callcenter da Dacasa vem encontrando dificuldades para gastar o dinheiro do auxílio-alimentação, distribuído por meio cartão Alelo Alimentação, administrado pelo Alelo. Desde dia 15 de novembro, esse cartão não é mais aceito em grandes redes de supermercados, apenas em pequenas padarias e mercearias.

Um dos empregados da Telemont/Oi, técnico em telefonia, Antonio Porto, disse que a sua situação complicou. Segundo ele, o dinheiro está parado no cartão, enquanto precisa de comprar alimentos. Ele disse que algumas mercearias de bairro ainda recebem o cartão, mas isso é ruim, pois os preços das mercadorias são mais altos que nas grandes redes de supermercados.

Boicote às administradoras de cartões alimentação

A negativa em receber os cartões-alimentação Alelo/Visa Vale é um movimento orquestrado pela Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) que descrendenciou essas empresas por cobrarem de 5 a 10% sobre o valor das vendas. Os lojistas querem taxa zero de administração.

Segundo a Associação, a atitude é um protesto diante das cobranças abusivas das operadoras cartões-alimentação. Com isso, não só os trabalhadores da Telemont, Oi e Dacasa estão sofrendo prejuízos.  Mais de 300 mil trabalhadores que estão inseridos no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estão tendo dificuldades para encontrar estabelecimentos comerciais que aceitem o cartão-alimentação.

O presidente da Acaps, João Carlos Devens, afirma que as tarifas administrativas do Visa, por exemplo, chegam a custar 5% a 10% das operações e só na Grande Vitória, cerca de 300 lojas deixaram de receber tíquetes Visa Vale por causa de um aumento nos gastos com a manutenção do sistema. As redes de supermercados Perin, Extrabom, Epa, Carone, Casagrande, Schwamba, entre outras participam do boicote.

Hoje, sete operadoras de tíquete operam no Estado, segundo dados do MTE. A Alelo/ Visa Vale assiste a quase 100 mil trabalhadores.

Impasse

Nesse cabo de guerra, quem está sendo derespeitado é o trabalhador que tem direito a comprar cesta básica e não está podendo. O auxílio-alimentação é um benefício que a empresa dá ao empregado.  Em cima dessa vantagem, a empresa paga menos impostos, já que é um programa do Governo Federal, mas quem arca com as taxas de administração dos cartões são os logistas. Ou seja, todos os custos do negócio recaem para o comerciante, que repassa para o consumidor.

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