Depois de seis rodadas de negociações, a Vivo/GVT fez uma proposta que, apesar de ainda ser ruim e não atender reivindicações dos/as empregados/as, deve ser submetida a uma avaliação pela assembleia de trabalhadores/as.
As empresas que batiam o pé no reajuste miserável de 6% para os salários até R$ 6.000,00, agora, propõe 7% de reajuste linear para todos os trabalhadores exceto para os cargos executivos, aprendizes, estagiários, etc. Esse percentual está abaixo do INPC acumulado até setembro que foi de 9,88%. Para os pisos, a Vivo garante os 9,88% a partir de set/15.
Após compra da GVT pela Telefonica, a conta aparece para ser paga pelos/as trabalhadores/as. É a “ideia genial” que os “novos” donos tiveram foi criar categorias diferenciadas na mesma empresa. E justificando a precarização proposta, dividiram os trabalhadores das duas empresas em quatro categorias distintas: Administrativo, Campo, Loja e Atendimento com pisos e benefícios também diferenciados.
Da mesma maneira que a Vivo fez quando primarizou os trabalhadores das lojas próprias, criando duas categorias diferentes. A expectativa era de que, ao longo do tempo, essas categorias fossem equiparadas, o que até hoje não aconteceu. Agora, querem ampliar a divisão entre os/as trabalhadores/as Vivo criando estas quatro categorias. É a chamada aproximação gradual. Nivela, reduzindo as conquistas nos acordos coletivos.
Para os trabalhadores da GVT, que atuam na rede ou planta externa (instaladores, auxiliares de instalação, pessoal de Campo) foi criada uma barreira com a denominação “Campo”, que prevê, entre outras coisas: redução da cesta básica, um piso menor, valor menor para VA/VR; auxílio-creche/babá e só para as mães, os pais estão excluídos, diferentemente dos pais administrativos na GVT, que receberão.
Além disso, a Vivo/GVT quer impor um modelo de benefícios para os empregados que, com toda certeza trará algum prejuízo, principalmente no Plano de Saúde. Estão sendo criados níveis de usuários de acordo com o cargo e salário. Diferente do que é praticado hoje na Vivo, onde o plano atende a todos sem nenhuma diferenciação. Este modelo chamado de “BE Flex”, inclui sete benefícios como Plano de Saúde, VA/VR, Academia, Auxilio Farmácia e etc. Nele (diz as empresas) o/a trabalhador/a poderá fazer uma composição de benefícios, na forma que “melhor” lhe convier.
A primeira impressão é que se trata de uma pegadinha para iludir os/as trabalhadores/as e diminuir os gastos com o plano de saúde.
O modelo existe na GVT e, até hoje, a maioria dos/as empregados/as têm dificuldades para entender a sua aplicação.
Portanto, o Sinttel fará assembleias na GVT e na Telefônica/Vivo separadamente, apesar de a proposta ser a mesma para as duas empresas, mas com reflexos distintos em cada uma delas. Caberá aos/às trabalhadores/as avaliar.
Reposição linear de 7% a partir de set/2015 para TODOS/AS, na Vivo e GVT, exceto para os cargos de executivos, aprendizes, estagiários.
Administrativo Vivo/GVT – Será aplicado 9,88%, passando para R$ 1.156,20, retroativo a set/2015.
Lojas Vivo – Reajuste de 9,88% retroativo a set/2015, passando para R$ 1.121,37 para jornada 220 horas e para R$ 891,69 para jornada 180 horas.
Campo GVT – Reajuste de 7% em set/15 e a partir de jan/16 passar para R$950,83. Pagamento de abono em dinheiro correspondente a 35% do salário de agosto/15.
Administrativos GVT – Reembolso mensal de até R$ 464,19 (reajuste de 9,88%) retroativo a set/2015. A partir de maio/2016 será de até R$ 505,00 e estendido para empregados homens, com aumento de limite de idade do filho/filha para 3 anos no auxílio-babá.
Administrativo Vivo – Aumento da idade limite para 7 anos. Manutenção do benefício aos homens. Reajuste de 7%, passando para R$ 513,00, retroativo set/15;
Lojas Vivo – Aumento da idade limite para 7 anos. Reajuste de 9,88%, passando para R$ 209,87, retroativo set/15. Manutenção do benefício somente para as empregadas a partir jan/16.
Campo (GVT) – Reembolso mensal de até R$ 464,19, reajuste de 9,88% retroativo a set/2015. A partir de maio/2016 passar para até R$ 505,00 com aumento de limite de idade do filho/filha para 3 anos no auxílio-babá.
Vivo Administrativo – Sem correção. A empresa quer manter o valor bruto atual de R$ 816,28 e pagar um abono único de R$ 1.000,00 para os/as trabalhadores/as empregados na data do pagamento;
VT Administrativo – Reajuste de 9,88% passando para R$ 501,34 + coparticipação de R$ 1,00, retroativos a set/15. A partir de maio/2016 passar para R$ 816,28.
Campo GVT – Valor líquido de R$ 488,27, (reajuste de 7%) retroativo a set/15. Para o trabalho realizado aos sábados, acima de 5 horas, será creditado um VR adicional de R$ 23,25; Abono de R$79,70 em Vale Alimentação. Para auxiliares de LA e instalador a cesta básica será reduzida para R$ 152,30, a metade do valor que é pago hoje.
Lojas Vivo – valor mensal passar para R$ 621,47 (reajuste de 9,88%) retroativo a set/15.
Em caso de aprovação da proposta, a empresa garante o pagamento das diferenças salariais e abonos da seguinte maneira:
1) 2ª parcela do 13º salário reajustado em 15/12
2) Antecipação de 70% das diferenças salariais (salário base) retroativas a set/2015 em 18/12
3) Abono em dinheiro e em tíquetes relativo a retroatividade do piso salarial a set/15 (Campo GVT) em 18/12
4) Abono tíquete (Adm. Vivo) em 18/12
5) Diferença tíquete (Telefônica loja e GVT Adm.) 18/12
6) Salário reajustado e diferenças salariais retroativas a set/15, onde houver, em 04/01/2016.