Negociação do ACT
Os/as trabalhadores/as no call center da SOLLO BRASIL – o maior do Estado – decidiram, em assembleia virtual, reprovar a proposta da empresa para o Acordo Coletivo 2023. A assembleia aconteceu nesta quinta (2) e sexta-feira (3) de fevereiro e contou com a participação de 580 empregados pelo Sistema de Votação on-line do SINTTEL-ES, o que permite que todos possam votar, mesmo os que estão em home office, de licenças, folgas, férias ou afastados.
O resultado da votação foi que, destes 580 trabalhadores, 474 votaram contra, 100 votaram a favor e 06 se abstiveram de decidir.
A SOLLO apresentou uma lista com 1.633 trabalhadores/as. A participação na assembleia, foi 35,5%, considerando o total de votos registrados.
A proposta foi rejeitada por 81% dos que participaram da votação.
Agora, o SINTTEL-ES vai levar o resultado para a direção da SOLLO, colocando a frustração dos trabalhadores com o reajuste salarial e nos benefícios oferecidos pela empresa. A partir daí, solicitamos a reabertura das negociações, buscando uma proposta mais realista e que possa atender, pelos menos em parte, as necessidades dos/as empregados/as.
Reajuste dos pisos:
5,93% (INPC integral*), a partir de fevereiro de 2023
Com o reajuste, o piso para os trabalhadores com jornada de 36 horas semanais seria de R$ 1.314.93 e R$ de 1.607,13 para os que fazem jornada de 44 horas semanais.
Demais cargos e salários:
Reajuste do tíquete:
Reajuste de 5,93% a partir de 01/02/2023 passando os valores para:
Tíquete nas férias:
Auxílio creche e filhos com deficiência (PCD)
Valores corrigidos para R$ 438,00, a partir de 01/02/2023
Ajuda de custo Home Office
Reajuste dos valores a partir de 01/02/2023
Considerações do Sindicato:
A proposta da SOLLO repõe as perdas salariais decorrentes da inflação, pois aplica o INPC integral de 5,93% referente a todo o ano de 2022 na renda salarial e nos benefícios. Isso significa recompor o poder de compra dos empregados pela inflação oficial.
Porém, sabemos que a inflação é mais violenta para as familias que recebem de 1 a 3 salários mínimos, renda da grande maioria dos trabalhadores na SOLLO BRASIL. E, aumento real é mais que necessário. A negociação com a Sollo empata com a inflação oficial, o que aconteceu em 16,7% das negociações coletivas em todo o país, de acordo com o Dieese — Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas. Porém, foi inferior em relação a 81% dos acordos e convenções, em que os reajustes foram maiores que a inflação do período.
Mesmo com a empresa cumprindo a promessa de pagar 100% do auxílio-alimentação (tíquete) durante o período de férias, para parte do seu corpo de funcionários, não foi suficiente para convencê-los da proposta.
“A proposta inicial da SOLLO era de pagar 75% em fevereiro e chegar aos 100% somente em julho. Após muita insatisfação demonstrada dentro do ambiente de trabalho e, também em uma reunião virtual realizada pelo SINTTEL-ES com os trabalhadores um dia antes da assembleia, fez a direção da empresa avançar e pagar já no mês de fevereiro. A assembleia já havia iniciado no dia 2, quando o Sinttel recebeu a comunicação da empresa,” relata o presidente do SINTTEL-ES, Nilson Hoffmann.
O SINTTEL-ES mantém um canal de comunicação com a categoria pelo WhatsApp e recebeu centenas de manifestações de repúdio à proposta apresentada pela empresa, tanto dos teleoperadores que reclamam do valor muito baixo do tíquete em relação aos administrativos — que recebem cerca de 20 reais a mais por dia trabalhado — quanto dos administrativos, que questionam terem sido excluídos, na proposta da empresa, do pagamento do benefício nas férias.
Filiem-se. Fiquem de olho no futuro!
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