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Apesar do lucro, Telefônica Brasil (Vivo/GVT) não se importa com empregados

03/05/2016 - 16h56 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A comissão de negociação da Fenattel (Federação que congrega 21 sindicatos de Trabalhadores em Telecomunicação) se reuniram com representantes da Vivo para tratar de pendências e solução de problemas com o plano de saúde, jornada de traballho, PPR, entre outros. A reunião aconteceu em 14 e 15 de abril de 2016, mas sem que  – a maior operadora de telefonia no Brasil, que teve um lucro estupendo neste 1º trimestre, na casa dos R$ 1,22 BILHÕES (aumento de 179,3%) – desse uma resposta razoável para os/as empregados/as.

Na reunião muitas reclamações foram colocadas na mesa pela Comissão dos Trabalhadores, a maioria delas oriunda de questionamentos feitos pela categoria:

1) BEFLEX: a empresa apresentou o novo programa, explicou as modificações, porém faltaram algumas informações importantes para a continuidade das discussões. São elas:

• Como será feita a distribuição de pontos para todos os trabalhadores?

• Quais são os valores ou pontos de cada benefício?

• Em caso de Upgrade nos benefícios, quais os valores que o trabalhador deverá pagar a mais?

• Em caso de downgrade, quais os valores ou pontos que os trabalhadores terão direito?

Para o Sinttel-ES,  é necessário considerar que todos tinham benefícios iguais, sendo assim, a pontuação deverá ser igual para todos. “Também insistimos na transparência dos critérios de distribuição da pontuação. Não concordamos com cobrança de franquias e procedimentos Gastroplastia e Dermolipectomia devem continuar sem cobrança conforme ocorria antes” afirma Rita Dalmasio, diretora Jurídica do Sinttel-ES.

2) Jornada de trabalho do setor de campo: A Comissão cobrou um posicionamento urgente em relação a esse assunto, pois a empresa se comprometeu no Acordo Coletivo que o tema seria discutido para encontrar a melhor solução. A empresa informou que ainda não terminou o estudo, que o tema é complexo, pois envolve todo o país.

3) PPR 2016: a empresa informou que estão terminando as discussões internas sobre o tema.

4) Plano de Saúde:

A empresa fez apresentações. Para o Sinttel-ES, a empresa quer negociar, porém não oferece nada além das apresentações dos Planos, apresentações estas, que deveriam ter sido realizadas antes das mudanças. Apesar das duas apresentações da empresa sobre os planos Unimed e Amil, o sentimento é de perda das melhores condições que tem o Plano anterior, principalmente com relação a discriminação de um plano para cada tipo de público (ADM, Lojas, Campo e Teleatendimento) e ainda por Estado, quando a empresa alterou o plano dos ADM de  SP e RJ para o 3 – ISONOMIA pelo menos com relação a saúde . Aqui no ES, no Plano 2, o empregado tem que decidir se quer REDE credenciada ou se quer REEMBOLSO, por exemplo, porque um plano oferece rede e outro a garantia de reembolso, conforme condição garantida no plano anterior Bradesco. Também com as mudanças proposta teremos que passar a pagar franquia para ter direito a vários procedimentos e para novas empregadas admitidas, o plano só cobrirá parto e UTI Neonatal após um ano de empresa.

Além disso, não concordamos com tabela à parte para cobrança dos inativos, mas negociar para que os ex-empregados paguem 100% do valor que a empresa na época do desligamento paga a operadora do plano por vida.

Também alguns cargos da GVT não podem fazer opção pela operadora do plano de saúde, sendo imposto a AMIL a qual não  atende bem quanto a rede credenciada no ES. Não podem discriminar novas  empregadas, lhes impondo não cobertura para parto e UTI Neonal antes de  12 meses de trabalho.

O Sinttel lembra que no dia 16 de fevereiro, o juízo da 2ª Vara do Trabalho decidiu dar uma antecipação de tutela para que a Telefônica Brasil/Vivo se abstenha “de perpetrar qualquer alteração nos atuais planos de assistência médica e odontológica, até ulterior autorização firmada por acordo coletivo de trabalho.”

A Juiza Márcia Leibel  determinou que a Telefônica Vivo mantenha as mesmas condições do plano de saúde/odontológico, já praticadas na vigência do ACT 2014/2015, até que novo acordo coletivo seja celebrado, uma vez que se encontram preenchidos os requisitos legais estabelecidos nos artigos 273 e 461 do Código de Processo Civil.

As pendências do Plano de Saúde, BEFLEX, PPR e Jornada de Trabalho deverão ser tratadas em uma nova reunião que ocorrerá em maio.

5) Entrega de aparelho celular para trabalhadores oriundos da GVT: A Vivo esclareceu que a partir do dia 15/04/2016 divulgará o cronograma com a entrega dos chips (sincard), que deverá iniciar em maio. Já a entrega dos aparelhos será entre os meses de maio a julho, visto que demandará mais tempo devido a quantidade de elegíveis;

6) Vacina da gripe: a empresa informou que a vacina será disponibilizada somente para os trabalhadores. Previsão para liberação da vacina: maio. O Sintetel insistiu para que o fornecimento fosse extensivo aos dependentes.

7) Concessão de PPP: a empresa informou que só fornece esse documento aos trabalhadores que atuam em área de risco elétrico, pois ele só tem validade para aposentadoria. Portanto, só disponibiliza para quem trabalhava em área de risco até 1998, data em que houve mudança na legislação. O Sinttel não aceita essa discriminação, pois o  PPP é um documento deve ser entregue a todos os empregados que o queiram.

8) Fornecimento de combustível para área de campo: o Sindicato reivindicou uma revisão da forma de concessão, pois alguns trabalhadores informam que o combustível disponibilizado não é suficiente para a realização do trabalho da semana. A empresa ficou de apurar e enviar posicionamento.

9) Problemas com gestores da área de campo: trabalhadores de São Paulo e de outros estados estão reclamando que alguns gestores atuam de forma desrespeitosa para com os trabalhadores. Ameaças de demissão, tratamento diferenciado entre os trabalhadores, punições seletivas, além de práticas antissindicais são constantes. O RH está investigando os casos.

10) Venda de Torres de Antenas: a Vivo informou que o negócio será assumido pela empresa Telsius. Por esse motivo, os trabalhadores serão transferidos para referida empresa, a qual faz parte do grupo, respeitando-se as condições previstas no atual Acordo Coletivo de Trabalho. O Sinttel quer saber sobre a migração dos empregados para a TELSIUS, quais serão as áreas que migraram?

11) Equiparação Salarial: muitos trabalhadores reclamam que realizam a mesma função que outros, porém com salários inferiores. Tal prática fere o princípio da isonomia salarial. Alguns casos já estão sendo analisados pela empresa.

12) – Representação das prestadoras – A empresa informou que todas as empresas contratadas foram orientadas a seguir os ACTs e CCTs firmados com os sindicatos. Aqui no ES nenhuma está seguindo a Convenção, por isso, o Sinttel está providenciando ação judicial que obrigue tais empresas ao cumprimento.

Colaboração de Sintetel-SP

 

 

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