04/07 - Dia do/a Teleoperador/a
O trabalhadores(as) em Telemarketing enfrentam cotidianamente relações deterioradas de trabalho.
Pressão por metas, controle rígido nas operações e baixos salários sempre fizeram parte da triste realidade dessa categoria, que abriga uma grande diversidade de grupos sociais: jovens, mulheres, afrodescendentes e população LGBTT.
O Dia do Operador de Telemarketing deve ser uma data de conscientização dos trabalhadores(as) e da sociedade sobre a necessidade de melhorar o ambiente e as condições de trabalho e valorizar a categoria. Além de reforçar a luta pela regulamentação da profissão.
Nesse sentido, há projetos de lei sobre a regulamentação tramitando no Congresso. Dois deles (PLs 5851/09 e 2673/07) foram unificados e tiveram um substitutivo aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e aguarda votação no plenário. Outro PL, o de nº 6875/13, tramita paralelamente na Câmara. Ele engloba e reafirma o Anexo II da NR 17.
Em 4 de outubro de 2017, a regulamentação do exercício da profissão de telemarketing (teleatendimento) foi aprovada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) na Câmara dos Deputados. Sob relatoria do deputado Assis Melo (PCdoB/RS), o projeto (nº 6875/2013) define a profissão e oferece direcionamentos para a jornada dos profissionais da área.
Além da continuação a proposta original, que é de autoria do deputado Ademir Camilo (PROS/MG), foram acrescentados dois apensados ao projeto, o PL nº 431/2015 da deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), que define a duração de jornada máxima para a categoria como seis horas diárias e 36 semanais, e o PL nº 5709/2016 do deputado João Daniel (PT/SE), que coloca como insalubres as atividades desempenhadas pelos operadores de telemarketing.
A proposta final estabelece também dois períodos de pausa no trabalho com a duração completa de 10 minutos, que devem ser tirados em momentos após a primeira hora de trabalho e antes da última, além de um intervalo para repouso e alimentação de 20 minutos seguidos. O trabalho também deverá ser organizado para que não haja atividades para os operadores em domingos e feriados.
Com as novas diretrizes é esperado melhorar os problemas relatados pelos profissionais da área, que são “clima organizacional ruim, pressão psicológica, excesso de cobrança e permanente monitoramento, não atendimento de solicitação de pausa para necessidades fisiológicas e deficiência de mobiliário e equipamento”, como informado no texto de justificativa ao projeto.
Assis Melo (PCdoB/RS) defende que o projeto aprovado é de mérito, pois “dá a regulamentação para uma importante atividade do nosso país”, e que é uma proposta que se tornou completa dentro da CTASP. “Nós tivemos a oportunidade de relatar e colocar os apensados, do que entendemos a respeito da matéria. Embora a legislação como um todo hoje vai para outro caminho, o projeto pode dar uma condição melhor para, pelo menos, os trabalhadores de telemarketing”, concluiu o parlamentar.
Precisamos fazer pressão junto aos deputados federais para que os projetos de regulamentação cheguem à votação final que contemple plenamente a categoria, garantindo assim condições dignas de trabalho e a valorização da profissão. Ai sim teremos grandes motivos para comemorar. Parabéns a todos(as) Operadores(as) pelo seu dia!
Regulamentação é mais que justa
Entre outros motivos, porque as empresas cobram: ensino médio completo, experiência em uso de computadores, agilidade no uso do teclado, conhecimento sobre os sistemas utilizados, habilidades como correta compreensão verbal, correta expressão verbal, dicção, vocalização, correta ortografia, voz agradável,escuta ativa, capacidade de análise de problemas, capacidade de comunicação, capacidade de aprendizado, tolerância ao estresse, disciplina, sensibilidade interpessoal, boa argumentação, empatia, além do conhecimento dos produtos oferecidos pela empresa.
Regulamentar é criar regras que considerem a complexidade da atividade e acabem com os problemas hoje existentes. Texto único para votação final que contemple plenamente a categoria, garantindo assim condições dignas de trabalho e a valorização da profissão.