Começam negociações na CLARO
21/09/2020 – 15h45 – Federação Livre – Redação
Começou na manhã desta segunda-feira (21), a negociação das cláusulas econômicas do Acordo Coletivo 2019/2021 na Operadora CLARO. Com muito atraso, já que a pauta de reivindicações foi enviada à empresa no final de julho, a CLARO apresentou, com a choradeira de sempre, queda de receita, principalmente com a TV por assinatura que era seu carro chefe. Alegou que também perdeu em relação a pandemia.
Foi uma reunião preliminar. Porém, a empresa entrou de sola com uma proposta de manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho 2019/2021. Isso quer dizer manter tudo o que se tem hoje, sem um centavo reajuste nos salários e benefícios. A Comissão de Negociação da Federação Livre devolveu com o mesmo tom, recusando em coro o pouco caso da CLARO para com os/as trabalhadores/as que deram seu sangue durante essa pandemia para manter os serviços funcionando e o país conectado.
E fez uma cobrança dura à empresa para três itens que têm gerado demandas a todos os sindicatos: assinaturas dos acordos coletivos; demissões e homologações sem a supervisão dos sindicatos.
A CLARO não assinou os Acordos que ela negociou no ano passado e que foram aprovados em assembleias. Estão em vigor, mas a Federação Livre lembrou a necessidade de a empresa cumprir com a deliberação dos trabalhadores e assinar os acordos aprovados, como vem sendo cobrado por todos os sindicatos. Em resposta, a empresa apontou usar assinatura digital.
Quanto às demissões, a operadora não conseguiu esclarecer o porquê de tantas demissões. Apenas que estavam sem demitir desde março. Mas ajustou que os desligados podem informar ao RH que querem homologar as rescisões nos sindicatos.
A Comissão de Negociação da Livre que reúne os Sinttels AM, CE, ES, PE, RJ, RN e RO lembrou que é preciso repor a inflação do período (1º setembro de 2019 a 31 de agosto de 2020) que é de 2,94% segundo o INPC/IBGE. Além disso, de todas as empresas de telefonia, a CLARO foi a que mais teve lucro no ano de 2019.
A comissão reapresentou as reivindicações da pauta, reforçando a perda salarial dos trabalhadores, o aumento da cesta básica, o custo de vida e que a empresa precisa se esforçar e construir uma proposta boa para todos.
Em relação ao teletrabalho a empresa firmou compromisso de negociar. Embora deseje que seja um acordo específico. Mas não adiantou nenhum detalhe.
A CLARO Também se comprometeu em apresentar proposta sobre o home office (Teletrabalho) e PPR nas próximas reuniões, começando no dia 05/10.
Quanto a Nextel, a empresa fará uma negociação paralela com os sindicatos do Rio e São Paulo.
A Comissão de Negociação da Federação Livre na CLARO é formada por João Cezar (Sinttel-CE), Gilberto Pirajá (Sinttel-RN) Gilberto Oliveira (Sinttel-PE) Amaral (Sinttel-AM) e Virginia Berriel (SinttelRio).
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