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2ª reunião

Telefónica Vivo propõe repor 6% por faixa salarial, parcelado em 2023

13/07/2022 - 13h11 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Redação: Federação Livre, 13/07/2022 13h

A Vivo avisou que faria e fez! Apresentou uma proposta para o Acordo Coletivo 22/24 que retira dos trabalhadores renda, não repõe as perdas salariais, arrocha os salários e benefícios entre outras ações que só prejudicam os empregados. A Federação LiVRE contrapôs com  reivindicações vitais para os trabalhadores: INPC Integral para salários e todos os benefícios na data base (setembro), inclusive no aluguel do veículo agregado e adiantamento de parcela do PPR. 

Segunda reunião de negociação da Federação LiVRE e a Telefónica/Vivo

A segunda telerreunião com a Telefónica/Vivo, realizada na tarde desta terça-feira, (12), mostrou examente como é que uma gigante do setor de telecom no mundo faz para reduzir custo com pessoal, objetivo principal da empresa nesta negociação coletiva. É impor cortes de direitos e renda sob o argumento de equalizá-los entre os setores de loja, atendimento, adminsitrativo e campo, não repor a inflação que corrói salários e benefícios e negar o adiantamento do PPR até que se feche do acordo coletivo. Um absurdo!

A Comissão de Negociação da Federação LiVRE rechaçou a proposta, pois é inadimissível não ter a integralidade do INPC este ano para salários e benefícios, diante de uma conjuntura muito perversa para todos, principalmente para os trabalhadores, com inflação alta, economia em dessaranjo total, num país polarizado pelo ódio e a intolerância.

A proposta não traz nenhum ganho e causou mal estar na reunião, sendo rejeitada na sua totalidade pelos sindicatos da Federação LiVRE. Uma terceira reunião poderá ser ralizada na próxima semana, mas ainda não está confirmada.

A empresa propôs: 

Reajuste salarial: metade do INPC, parcelado, por faixa e só em 2023
Sobre o salário de agosto/22 :
Até R$ 3 mil  – 6% de reajuste sendo 3% em fev/23 e o restante, 3% em agosto/2023
Acima de R$ 3 mil – 5% de reajuste sendo 3% em fev/23 e o restante, 2% em agosto/2023
A inflação medida pelo INPC do IBGE, de maio/21 a junho/22, divulgada dia 07/07,  foi de 11,92%. Há 11 meses a inflação no Brasil está acima de 10% e a operadora disse que não previu no seu orçamento reajuste com 2 dígitos.  Será que a Vivo também não planejou parcelar os dividendos para os acionistas? 

VR/VA, auxílios e demais benefícios: metade da inflação e correção em 2023
Ela oferece 6% em fevereiro de 2023
A Telefónica/Vivo quer negociar, mas não reajustar os valores dos auxílios-alimentação VA VR, creche/babá/pré-escolar/especial e etc, este ano. 

Auxílio especial – equiparar valores

Cesta básica equipe de campo: incorporar metade do valor ao salário
Incorporar 50% do valor atualmente pago ao salário em janeiro/2023.

A empresa quer reduzir esse valor sob o argumento de que incorporando ao salário do trabalhador de campo, aumentará seus encargos sociais. Por um lado seria bom, pois incorporando ao salário, refletiria também no valor da aposentadoria, da periculosidade, 1/3 férias, 13º Salário, do FGTS. Por outro lado, incorporar somente 50% é mais um sacrificio, pois a CESTA é renda direta ao trabalhador, que está na base da pirâmide salarial da empresa, ganhando os menores salários (salário mínimo) e enfrenta uma inflação maior que os índices oficiais.

Complemento do VR/VA: equalizar os percentuais e períodos para os afastamentos (auxílio-doença e acidentário) em todos os segmentos numa regra única

A Vivo quer pagar 15% do valor do auxílo-alimentação em 4 meses para todos que se afastarem por auxílio doença ou acidente pelo INSS.

Como era?

Há diferenças entre os percentuais e o tempo de fornecimento do auxílio-alimentação aos/às empregado/as afastados pelo INSS. A Vivo quer unificar a regra, mas nivelar por baixo, quando o trabalhador mais precisa. 

13º salário: adiantamento conforme legislação
Nos últimos acordos coletivos,  a empresa adianta metade do 13º salário, no início do ano, em fevereiro. Agora, ela quer aplicar a legislação: metade em 30 de novembro e a outra metade no dia 20 de dezembro.

Plano médico: discussão sobre coparticipação e renovação do aditivo da Lei 9.656/98  para os inativos. 

A empresa quer reajustar a coparticipação para o item INTERNAÇÃO, que hoje é de R$ 120  para R$ 192,00.
Já tem dois anos que Vivo vem tentando aumentar a coparticipação dos/as trabalhadores/as no plano de saúde. Agora, vem de novo com essa conversa.

Locação de veículo agregado: manter como está.

 A conversa da Vivo é manter os carros agregados e com valor congelado até agosto de 2023
A Comissão da Federação LiVRE já disse que o reajuste no valor do aluguel do carro agregado é necessário, pois está congelado há dois anos. E esses trabalhadores representam 47% de todo o efetivo de campo da Operadora. Só nos sindicatos presentados pela Federação LiVRE são 400 veilculos agregados. É muita gente penando para menter o carro e trabalhar. 

Homologação: somente virtual

A empresa só quer fazer as homologações de forma virtual
A (de)Forma Trabalhista de nov/2017 extinguiu as homologações de contratos nos sindicatos. Em 2020, a Vivo não queria mais fazer a homologação nos sindicatos que deixariam de prestar assistência aos trabalhadores na hora da demissão, que é quando mais precisam de proteção e atenção da entidade.

Na negociação coletiva de 2020, com a pandemia, foi necessário fazer de forma virtual para proteger os trabalhadores. Hoje, as homologações estão mantidas nos sindicatos:  Nas regiões metropolitanas, deve ser feita presencial. Nas cidades do interior dos estados é facultativo. Ou seja, pode ser virtual ou presencial. É o trabalhador quem decide.

Teletrabalho: manutenção das atuais condições dos Acordos vigentes com os sindicatos e sem reajuste. 

A empresa só quer rediscutir  os acordos de teletrabalho em agosto de 2023. 

A Comissão da Federação Livre desatacou que se os acordos foram feitos em janeiro desse ano e deverão ser rediscutidos em janeiro de 2023.
O custo do trabalho, antes da empresa, agora cai nas costas dos co-la-bo-ra-do-res. Luz com reajuste de 62%, internet, agua, limpeza, mobiliário, equipamentos, inflação de 12%. É o co-la-bo-ra-dor colaborando com a redução de custo da empresa, diretamente e só tomando prejuízo.

Manutenção das demais condições, exceto cláusula de manutenção dos postos de trabalho e ajustes de outras devido às alterações de Leis e/ou Portarias.
No acordo coletivo de 2020/2022, Os sindicatos da Federação LiVRE garantiram que a empresa manteria os postos de trabalho. Esse ano a empresa veio com a proposta de não mais garantir a empregabilidade, mesmo diante de uma taxa descomunal e absurda de desempregados, com 30 milhões de famintos no país.

Ou seja, a proposta de renovação de acordo coletivo na Vivo beira o deboche, um repeteco aprimorado das conversas iniciais de 2020, que não tiveram êxito. Nem pode ser encarada como proposta, principalmente,  porque não oferece nada, mas sim, retira conquistas do Acordo Coletivo.

PPR 

Na proposta da empresa, o Programa de Participação os Resultados (PPR/2022) tem Target  e modelo iguais aos do ano de 2021, alterando apenas um indicador.

A Comissão da LiVRE cobrou a data de antecipação do PPR/22 é que feita sempre no meio do ano.  A Telefónica/Vivo disse que não tem como fazer o adiantamento antes de concluir as negociações de ambos os acordos. Ou seja, outra estratégia para imbutir na proposta de acordo o pagamento da antecipação do PPR e forçar a barra na assembleia pela aprovação de sua proposta. Um embuste!

A Comissão da Federação Livre na Vivo é composta pela Coordenadora Vânia (SinttelRio), Reginaldo Biluca (Sinttel-ES) Anchieta (Sinttel-PE) e Estela (Sinttel-CE). Participou da reunião, para acompanhar o processo, o presidente da Livre, Luís Antônio Silva (SinttelRio).

A Federação Livre mantém um canal de comunicação nesta campanha  livre@federacaolivre.org.br. Todas as informações e boletins informativos estarão à disposição no site e nas redes sociais

     

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