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40 trabalhadores são dispensados pela Sertel/GVT

19/08/2014 - 15h01 - Sinttel-ES - Tania Trento
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foto1As demissões aconteceram no dia 4 de agosto. A GVT, contratante da Sertel  disse que vai pagar as rescisões de contrato, mas ainda não disse quando. Enquanto isso, os/as trabalhadores/as vem penando sem dinheiro para quitar as dívidas e manter as famílias.

O Sinttel-ES, por meio do seu presidente, Nilson Hoffmann vem cobrando da GVT o pagamento das rescisões de contrato dos 40 empregados da Sertel, empresa que prestava serviços para a GVT há cerca de quatro anos e que faliu no início de agosto. Os trabalhadores cuidavam da manutenção e instalação de serviços de telecomunicações (voz, dados e TV) para a GVT.

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A Sertel não fornecia mais a calça do uniforne

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Camisa da empresa quase não serve no trabalhador

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Uniforme rasgado

Alguns dos demitidos já foram aproveitados pela Hallen Telecom, uma outra empresa que também é terceirizada da GVT, mas começam o trabalho sem recursos, pois a dívida da Sertel com os empregados ainda depende da Contratante.

A esposa de um dos trabalhadores demitidos e que nesta segunda-feira (18) começou o trabalho na Hallen Telecom ligou desesperada, cobrando do Sinttel-ES uma atitude mais incisiva sobre as empresas, pois, segundo ela, a situação da família é muito difícil. “Meu marido não recebeu nada do aluguel do carro e de salário no final do mês; lá em casa a geladeira está vazia. Já estamos devendo ao banco, aos vizinhos”, confessou.

Segundo Nilson Hoffmann, a Sertel sempre foi uma empresa problema, desde quando começou prestando serviços para a GVT. Ela nasceu dentro da antiga Gecel, que meses depois também faliu prestando serviços para a Oi. “Uma empresa pequena, que vez ou outra sonegava os direitos garantidos nos Acordos Coletivos. Os empregados eram vítimas constantes de atraso de salários e do aluguel dos veículos, principalmente nos últimos meses”, disse o presidente do Sinttel-ES.

Terceirização, um modelo perverso de exploração da mão de obra

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Aviso dispensando os empregados

Estudo recente do Dieese e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostrou que o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas semanais a mais e ganha 27% menos que o assalariado contratado diretamente pela empresa. Ou seja, a terceirização, que começou no Brasil, a partir da década de 1990, teve, na privatização das empresas de telecomunicações um crescimento vertiginoso explorando uma mão de obra na ofensiva neoliberal do capitalismo, que propiciou um aumento dramático da taxa de exploração da classe trabalhadora.

As empresas se apoiam no discurso da competitividade, mas é uma cortina de fumaça para aprofundar a exploração com a perspectiva de aumentar o lucro com exploração excessiva da mão de obra precarizada e barata.

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