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Apoio do Sinttel à greve

19º dia: Em greve, petroleiros pressionam por mais avanços

20/02/2020 - 16h17 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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QUARTA, 19 FEVEREIRO 2020 12:56

19º dia: Em greve, petroleiros pressionam por mais avanços

A Diretoria do Sindicato dos/as  Trabalhadores/as nas empresas de Telecomunicações no ES (Sinttel-ES), manifesta total apoio à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da PETROBRÁS e subsidiárias, que já dura mais de três semanas, com forte adesão de 21 mil trabalhadores, em 121 unidades.
A greve na PETROBRÁS tem nosso apoio porque é uma greve em defesa do Brasil, da soberania, da população brasileira, contra o entreguismo do atual governo que vem fatiando a empresa e vendendo-a em pedações.
Hoje a Petrobrás divulgou seu lucro no ano de 2019 – Pura manipulação de números. O resultado de R$ 40 bilhões foi obtido com R$ 24 bilhões de lucro com venda de ativos, principalmente com a TAG, e R$ 14 bilhões com a venda do controle da BR Distribuidora.  Ou seja, dos R$ 40 bilhões anunciados, R$ 38 bilhões nada tem a ver com o desempenho da companhia.
Mesmo assim, no período foram distribuídos mais de R$ 10 bilhões aos acionistas, mostrando ao mercado o empenho do Presidente, que, na falta de lucro, vendeu ativos para pagar dividendos aos acionistas. Um evidente crime lesa pátria!

Na terceira semana, a greve dos petroleiros já conquistou a suspensão temporária das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen).

A luta da categoria é para que a Araucária Nitrogenados, empresa 100% Petrobrás, cumpra a Cláusula 26 do Acordo Coletivo de Trabalho, onde se compromete a não promover despedida coletiva ou plúrima sem prévia discussão com o sindicato.

Além disso, os petroleiros em greve exigem o respeito aos fóruns de negociação previstos no Acordo Coletivo e a suspensão de medidas autoritárias, impostas pela gestão da Petrobrás à revelia do que foi negociado com as representações sindicais, como é o caso da nova tabela de turno de revezamento, implantada pela empresa nas áreas industriais.

A categoria, portanto, segue mobilizada em 121 unidades da Petrobrás, entre elas 58 plataformas, 24 terminais e todo o parque de refino da empresa: 11 refinarias, SIX (usina de xisto), Lubnor (Lubrificantes do Nordeste), AIG (Guamaré). Veja quadro completo no final do texto.

Brigada petroleira em Brasília

Desde a semana passada, uma brigada petroleira vem realizando reuniões em Brasília com parlamentares e representantes da Justiça do Trabalho, na busca da abertura de um canal de negociação para resolver o conflito da greve da categoria.

No final da noite de ontem, após reunião com uma bancada de parlamentares, que contou com participação de petroleiros da FUP e da CUT, o ministro do TST, Ives Gandra, publicou despacho no processo do dissídio coletivo da greve, convocando uma reunião de mediação na próxima sexta-feira, 21, “para discussão das matérias que envolvem a presente greve, condicionando sua realização à imediata cessação do movimento paredista”, conforme cita no documento.

A brigada petroleira continua em Brasília, participando de reuniões com deputados e senadores do campo progressista, discutindo novas interlocuções para que a pauta da greve seja integralmente atendida.

FUP e sindicatos avaliam próximos passos

Dirigentes dos 13 sindicatos filiados à FUP estão reunidos nesta quarta-feira, 19, com a direção da entidade para deliberar sobre os próximos passos da greve, com base nas avaliações e debates feitos com os trabalhadores na porta das unidades que aderiram ao movimento.

Ocupações, vigília e marcha em apoio à greve

A greve dos petroleiros já ultrapassou a categoria e cresce diariamente em apoio da sociedade, com movimentos solidários e de luta por todo o país.

No edifício sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, a Comissão Permanente de Negociação da FUP já está há 20 dias em uma sala do quarto andar do prédio, cobrando um canal de diálogo com a gestão, na busca do atendimento das reivindicações da greve.

Do lado de fora do prédio, na Avenida Chile, a Vigília Resistência Petroleira vem arregimentando apoios e participação ativa de diversas outras categorias, organizações populares, estudantes e movimentos sociais, na construção de uma ampla frente de luta em defesa da Petrobras e contra as privatizações.

Ontem, uma marcha histórica em apoio à greve dos petroleiros tomou o centro do Rio de Janeiro, com participação de 15 mil pessoas. Veja aqui como foi.

Em Araucária, petroleiros e petroquímicos da Fafen-PR e suas famílias seguem acampados há 30 dias em frente à fábrica, resistindo ao fechamento da unidade e cobrando o cumprimento da Cláusula 26 do Acordo Coletivo pactuado com a empresa, para que não haja demissões em massa sem prévia discussão com o sindicato.

Quadro nacional da greve – 19/02

21 mil petroleiros mobilizados em 121 unidades do Sistema Petrobrás

58 plataformas

11 refinarias

24 terminais

8 campos terrestres

8 termelétricas

3 UTGs

1 usina de biocombustível

1 fábrica de fertilizantes

1 fábrica de lubrificantes

1 usina de processamento de xisto

2 unidades industriais

3 bases administrativas

A greve nos estados

Amazonas

Campo de Produção de Urucu

Termelétrica de Jaraqui

Termelétrica de Tambaqui

Terminal de Coari (TACoari)

Refinaria de Manaus (Reman)

Ceará

Plataformas – 09

Terminal de Mucuripe

Temelétrica TermoCeará

Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor)

Rio Grande do Norte

Plataformas – PUB-2 e PUB-3

Ativo Industrial de Guamaré (AIG)

Base 34 e Alto do Rodrigues – mobilizações parciais

Pernambuco

Refinaria Abreu e Lima (Rnest)

Terminal Aquaviário de Suape

Bahia

Terminal de Camaçari

Terminal de Candeias

Terminal de Catu

UO-BA – 07 áreas de produção terrestre

Refinaria Landulpho Alves (Rlam)

Terminal Madre de Deus

Usina de Biocombustíveis de Candeias (PBIO)

Espírito Santo

Plataformas: FPSO-57 e FPSO-58

Terminal Aquaviário de Barra do Riacho (TABR)

Terminal Aquaviário de Vitória (TEVIT)

Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC)

Sede administrativa da Base 61

Minas Gerais

Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité)

Refinaria Gabriel Passos (Regap)

Rio de Janeiro

Plataformas – PNA1, PPM1, PNA2, PCE1, PGP1, PCH1, PCH2, P07, P08, P09, P12, P15, P18, P19, P20, P25, P26, P31, P32, P33, P35, P37, P40, P43, P47, P48, P50, P51, P52, P53, P54, P55, P56, P61, P62, P63, P74, P76, P77

Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB)

Terminal de Campos Elíseos (Tecam)

Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB)

Refinaria Duque de Caxias (Reduc)

Terminal Aquaviário da Bahia da Guanabara (TABG)

Terminal da Bahia de Ilha Grande (TEBIG)

Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)

São Paulo

Termelétrica Nova Piratininga

Terminal de São Caetano do Sul

Terminal de Guararema

Terminal de Barueri

Refinaria de Paulínia (Replan)

Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap)

Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap)

Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC)

Plataformas – PMXL1, P66, P67, P68 e P69

Terminal de Alemoa

Terminal de São Sebastiao

Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA)

Termelétrica Cubatão (UTE Euzébio Rocha)

Torre Valongo – base administrativa da Petrobras em Santos

Terminal de Pilões

Mato Grosso do Sul

Termelétrica de Três Lagoas (UTE Luiz Carlos Prestes)

Paraná

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)

Unidade de Industrialização do Xisto (SIX)

Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa)

Terminal de Paranaguá (Tepar)

Santa Catarina

Terminal de Biguaçu (TEGUAÇU)

Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ)

Terminal de Guaramirim (Temirim)

Terminal de São Francisco do Sul (Tefran)

Base administrativa de Joinville (Ediville)

Rio Grande do Sul

Refinaria Alberto Pasqualini (Refap)

[FUP | Foto: Coletivo de Comunicação do MAB]

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