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Paralisação continua na Sertel e GVT não se move para acabar com o problema

01/06/2012 - 7h48 - Sinttel-ES - Tania Trento
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O movimento iniciado na quinta-feira, continua hoje sem previsão de que trabalhadores e empresas (Sertel e GVT) cheguem a um acordo. Cerca de 95% dos trabalhadores da Sertel estão parados reivindicando melhorias salariais e nos benefícios como tíquete alimentação de 15 reais diários, alugueis dos veículos e Implantação de plano de saúde. O Sinttel continua tentando o acordo.

“A luta dos trabalhadores da Sertel está só começando”, garante o diretor do Sinttel-ES Wilson Leão. Segundo ele, os problemas na empresa se acumulam e as condições de salários e de trabalho não são nem razoáveis. O mesmo acontece nas diversas empresas terceirizadas do setor de telecomunicações no Estado e no Brasil todo. “A exploração é desumana na Telemont (empreiteira da OI) Nokia Simens, entre outras”, disse.

Desde ontem, o Sinttel vem tentando chegar a um acordo com a empresa, que se escuda no contrato com a GVT para negar atender as reivindicações dos trabalhadores. Uma carta foi enviada à empresa apresentando o que os trabalhadores querem para voltar ao trabalho.

1 – Salários: igualar os salários dos instaladores, dos que atuam como “moto jumper” e oficial de rede em R$ 760,00 a partir de 01/04/2012;
Demais salários: Técnico de Telecomunicações (fibra ótica): R$ 1400,00; Cabistas: R$ 1150,00

2 – Tíquete alimentação: R$ 15,00 por dia trabalhado

3 – Alugueis de veículos:
Veículos leves: passar para R$ 800,00
Motos: passar para R$ 600,00
Kombi: passar para R$ 1.200,00

4 – Implantação de plano de saúde com participação do trabalhador em no máximo 50%

5 – Além dos itens de reivindicações relatados, necessitamos regularizar os seguintes pontos que impactam no dia a dia dos trabalhadores:
a) Regularizar o pagamento do aluguel de veículos todo o dia 25 de cada mês;
b) Regularizar a distribuição da cota de combustível de acordo com o valor atualizado do preço dos mesmos, nos postos;
c) Fazer um reforço na cota de combustível em função da exigência da coleta do ponto na sede da empresa pela manhã e à tarde;
d) Do mesmo modo, sempre que ao trabalhador for solicitado deslocamentos acima do normal;
e) Melhorar a liberação do combustível quando for realizar trabalho em final de semana. Além de ser insuficiente, muitas vezes o trabalhador tem que ficar no posto até 21:00 horas de sexta-feira, aguardando a liberação do crédito;
f) Regularizar o fornecimento do tíquete refeição sempre que houver trabalho nos sábados para complemento do jornada ou em horas extras;
g) Regularizar a distribuição dos celulares, pois trabalhadores que foram admitidos a meses precisam usar seus celulares particulares para ligarem a serviço, gastando do próprio bolso.
h) Redimensionar a área de atuação dos “moto jumpers”, pois somente 6 pessoa não dão conta;
i) Uniforme: melhorar a distribuição/substituição dos uniformes;
j) Equipamento de proteção: os trabalhadores reclamam a falta de alguns itens de EPI; as escadas são antigas, de madeira, muitas recuperadas, faltando as travas, inadequadas para o uso; falta luvas e as que são distribuídas não suportam o desgaste; calçados (botas) faltando e os trabalhadores são obrigados a usarem numeração inferior ou superior devido a não reposição pela empresa;
l) Os trabalhadores querem da empresa tratamento adequado por parte dos gerentes/supervisores que a todo tempo estão tratando-os com falta de respeito, cometendo assedio moral, com xingamentos e gritos com os trabalhadores em público, constrangendo com ameaças de demissão.

Estes são os pontos a serem discutidos com a empresa, e o Sinttel espera que ela tenha capacidade para soluciná-los.

Veja fotos da paralisação 

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