Entre abril e junho, a maior operadora de telecom do País gerou receita líquida pro forma de R$ 10,817 bilhões. Conforme observado pela área de análise e pesquisa do BTG Pactual, os números “cresceram modestamente, assim como no trimestre anterior”, quando o indicador avançou 1,6%.

“O crescimento da receita de serviço móvel também desacelerou, para 1,9% ano contra ano versus altas entre 3% e 4% em trimestres recentes”, prosseguiu o relatório (foram R$ 6,388 bilhões no segundo trimestre). Em seis meses, a alta foi de 2,7%.

O ritmo mais lento foi creditado à diminuição dos ganhos com a modalidade pré-paga, cujo parque recuou 7,1% em um ano. Boa parte das desconexões, afirma a companhia, foram fruto de migrações para pós-pago, que cresceu 10,8% em doze meses.

No segundo trimestre, os clientes pós da Vivo somaram 38,4 milhões, ultrapassando os 36,8 milhões do pré-pago e atingindo 51,1% da base total. Até março, o pré-pago contabilizava 100 mil chips de “vantagem” sobre o pós-pago.

Já os serviços fixos foram considerados o destaque negativo do balanço publicado ontem (25), conforme o banco de investimentos. Além de queda interanual de 3,7% (para R$ 4,007 bilhões) na modalidade, o BTG Pactual destacou estagnação das receitas da TV paga, que gerou R$ 475,2 milhões (+0,6%), apresentando assim retração quando considerados os seis meses de 2018.

Por outro lado, a performance da Telefônica com produtos de alto valor como a banda larga fixa com fibra óptica até a casa do cliente (FTTH) e TV paga transmitida via internet (IPTV) foi elogiada pelo BTG.

CifrasO lucro líquido de R$ 3,152 bilhões no segundo trimestre foi possibilitado por ganhos não recorrentes como decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que reconheceu direito da exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS/Cofins; o ganho adicional foi estimado em R$ 1,83 bilhão, permitindo lucro líquido de R$ 4,231 bilhões nos primeiros seis meses deste ano (+ 126,4%).

Desconsiderando esse e outros efeitos extraordinários, o lucro líquido no segundo trimestre teria crescido 28,7% no ano contra ano – atingindo algo em torno de R$ 1,1 bilhão.

O Ebitda da empresa somou R$ 5,183 bilhões (alta de 46,9%), com margem Ebitda de 47,9%. No critério recorrente, o Ebitda ficou em R$ 3,732 bilhões (salto de 5,8%), com margem de 34,5%.

Os investimentos do grupo entre abril e junho avançaram 17,6%, para R$ 2,138 bilhões, enquanto os custos operacionais recuaram 1,2%, no décimo trimestre consecutivo de queda no indicador.

Após a divulgação dos resultados, as ações preferenciais da Telefônica Brasil na B3 recuaram 0,6% nessa quarta-feira (25); no ano, o papel acumula queda de 7,9%. Já as ações ordinárias caíram 0,87%.