Relacom sai do contrato e deixa na mão mais de 3 mil empregados. No ES foram apenas sete
A multinacional sueca Relacom abandonou o contrato com a Telefônica (ex-Telesp), em São Paulo, e com a TIM, em vários estados do País. Foram demitidos mais de 3 mil trabalhadores. Com a TIM (em MG, ES, SP, PR, SC e RS) a Relacom dispensou cerca de 250 empregados. Em ambos os casos, as contratantes – Telefônica e TIM – estão pagando as rescisões trabalhistas.
No ES, os sete trabalhadores da Relacom receberam as rescisões que foram homologadas no Sinttel-ES. Uma preocupação, no entanto, foi relatada pelo presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann: a Tim não contratou outra empresa para executar os serviços que eram feitos pela Relacom. “Isso implica em não abasorver os empregados que agora estão sem trabalho”, reclamou o dirigente.
Com presença em 17 países, a Relacom estava no Brasil desde 2005 para instalar e fazer manutenção de redes. Em abril, a empresa passou a ser controlada por um grupo de bancos, mesmo época em que resolveu deixar o País.
Além das rescisões, a Telefônica e a TIM herdaram um passivo trabalhista que compreende “várias centenas” de ações. A derrota nesses processos pode custar mais de R$ 15 milhões às contratantes.
Terceirização
Não é a primeira vez que empresas terceirizadas deixam os contratos e os débitos trabalhistas recaem sobre as contratantes. Os exemplos são vários e isso demonstra que a terceirização além de ser um péssimo negócio para os trabalhadores, também não é tão bom assim para as empresas.