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Trabalhadores recusam proposta da Telemont

16/06/2011 - 8h07 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Reunidos na noite de quarta-feira (15), os trabalhadores da Telemont recusaram, por unanimidade, proposta da prestadora de serviços da Operadora Oi. Eles discutiram uma contraproposta que foi encaminhada pelo Sinttel-ES à Telemont. E foi dificil para o Sindicato construir a contraproposta, uma vez que a disposição dos trabalhadores era inciar uma paralisação já a partir desta quinta-feira (16).

Os trabalhadores decidiram voltar para mesa com a seguinte contraproposta:

REAJUSTE SALARIAL DE 10% (INCLUINDO A INFLAÇÃO DE 6,31 + GANHO REAL);
TIQUETE REFEIÇÃO DE R$ 13,00 DIA;
ALUGUEL DE 800,00 PARA OS VEÍCULOS E R$ 8,00 PARA A PRODUÇÃO

A proposta da Telemont que foi recusada era:

– Reajuste salarial: somente o INPC de 6,31% (sobre o salário de 1º de abril de 2010);
– Reajuste no tíquete refeição: R$ 11,00. Há dois anos é R$10,00;
– Remunerar a produção: R$ 4,50. Atualmente a empresa paga R$ 4,00
– Aluguel dos carros: R$ 650,00. Hoje ela paga R$ 610,00 e disse que mantém o beneficio quando do afastamento do empregado, por motivo de doença, por até 15 dias.
– Banco de Horas: instituir o banco de horas por 4 meses. O trabalhador que fizer a hora extra, tem que folgar dentro desse prazo. Se não folgar, a empresa tem que pagar. Somente as horas extras feitas de segunda a sexta-feira entram no cálculo do banco. Durante o descanso semanal remunerado (DSR) e feriados as horas extras devem ser pagas quando forem feitas.
– A empresa propôs o Acordo Coletivo por dois anos.

Como a proposta foi recusada integralmente, o Sindicato agora tenta voltar à mesa de negociação o mais rápido possível, pois havera nova assembleia na semana que vem. “O prazo foi estipulado pelos próprios trabalhadores que estão muito insatisfeitos com os índices oferecidos”, disse Nilson Hoffmann, presidente do Sinttel.

Para frustração de todos, a proposta da Telemont não contempla a recomposição dos salários que estão sem reajuste desde 1º de abril de 2009, data do último fechamento do acordo coletivo com a Gecel, empresa substituída pela Telemont no contrato com a Oi. Os trabalhadores cobram pelo menos a reposição desse período de 12 meses porque cerca de 65% dos empregados da Gecel foram reabsorvidos pela Telemont.

A Telemont se esquiva da responsabilidade de repor essa perda salarial dos empregados, alegando que eles não eram seus empregados à época. Por outro lado, a Gecel também não assumiu essa reposição, porque estava em fim de contrato com a Operadora. Nesse jogo de empurra, quem ficou na pior foram os empregados que desde 2009 enfrentam um arrocho salarial e redução dos valores pelos serviços de produção – instalação, ligação, reparos, etc, prestados à Telemont.

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