Vamos à Luta
Esta semana, o Sinttel-ES e os demais sindicatos que fazem parte da Federação LiVRE de trabalhadores em Telecom (AM, CE, PE, RJ, RN e RO) foram surpreendidos com a V.tal, empresa que comprou a estrutura de fibra da Oi. A empresa lançou um edital convocando eleição para a comissão interna de trabalhadores para discutir o PPR – Programa de Participação nos Resultados de 2023, que pagará no dia 13/07 o PPR do ano passado, conforme acordo coletivo firmado com os sindicatos.
A atitude rasteira e antissindical exclui das discussões do PPR os sindicatos, representados pela Federação LiVRE, entidade que, desde que a empresa foi criada, negocia tanto o acordo coletivo de Trabalho quanto o de PPR.
O presidente da Federação LiVRE e do Sinttel-Rio, Luis Antônio Souza da Silva, recebeu a notícia como uma declaração de guerra, uma vez que excluir a representação sindical do processo, após já existir Acordo de PPR em 2022, só tem um objetivo: aumentar metas e indicadores prejudicando trabalhadores e trabalhadoras; reduzir o prêmio (target); endurecer as regras pra quem terá direito a receber o prêmio, sem a transparência que um programa de produtividade exige para dar igualdade.
“Se a empresa quer ter essa postura antissindical, para nós não tem problema, mas que ela se prepare, pois vamos à luta”, enfatizou o presidente da Federação.
Para ele, essa atitude, apesar de ser permitida pela lei, esconde os reais interesses da empresa para com seus trabalhadores, uma vez que todas as operadoras, prestadoras e provedoras de internet negociam os acordos de PPR com os Sindicatos.
Uma carta de repúdio será enviada à direção da empresa, questionando a atitude, alertando a disposição da Federação LiVRE e dos seus sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores da V.tal.
Luis Antônio disse, ainda, que esta semana estará em audiência pública na Câmara dos Deputados e o diretor da LiVRE, Hamurabi Duarte, participa de uma reunião com o Ministro do Trabalho, em Brasília onde a V.tal será denunciada por seus atos contrários aos interesses dos trabalhadores.
Por que será que a V.tal quer os sindicatos fora do processo negocial do Programa de Participação nos Resultados?
Aí… tem!