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#8M - Igualdade Salarial

Mulheres de Telecom na luta por direitos, respeito e valorização

07/03/2023 - 10h02 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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As mulheres trabalhadoras, principalmente as do setor de Telecom enfrentam muitos desafios pra permanecer e progredir no mercado de trabalho. Ainda é pior para as mulheres negras

Além da diferença salarial com os homens, os baixos salários no setor de Teleatendimento, nas lojas das operadoras, nos call centeres, nas empresas de internet e prestadoras de serviços em rede são uma realidade dura, quando elas ainda têm dupla jornada cuidando dos filhos e da casa. Nem os benefícios como os auxílios creche, filho portador de necessidades, saúde, ajuda de custo do home office, minimizam o desafio gigante de ter que enfrentar na luta diária a valorização salarial e profissional.

Nas negociações de Acordos e Convenções Coletivas que o SINTTEL-ES faz com as empresas capixabas e também com os operadoras nacionais de Telecom — Claro, Vivo, Tim, Oi, Algar, V.tal —, através da Federação Livre, da qual é integrante, as reivindicações que visam valorizar e proteger as mulheres são prioridades.

Em todos os acordos o auxílio-creche é garantido, por exemplo, pois não há lei que obrigue o pagamento pelas empresas. Porém, muitas trabalhadores não conseguem usar, porque o valor pequeno não dá para pagar uma creche integral e muito menos assinar a carteira de uma babá. E as empresas exigem um comprovante fiscal para pagar o benefícios. “É meio que um direito fantasma”, define uma teleoperadora.

A ajuda para o home office foi uma conquista recente, impulsionada pelo Teletrabalho na Pandemia de Covid 19, mas a ajuda não cobre todas as despesas que o trabalho em casa gerou. Antes, o local de trabalho era mantido pela empresa. Na configuração do Teletrabalho a mulher aumentou a dupla jornada, com a economia de tempo no deslocamento e me muitos casos sem direito à desconexão.

E todos os acordos o auxílio aos filhos especiais (PNE) está previsto. Porém, se as empresas ajudam de um lado, retiram de outro, como foi o caso da Claro que no final do ano passado, reajustou o Plano de Saúde e as terapias – tão necessárias para as crianças PNE – passando a ser coparticipativas e cobradas por dependente.

Em todos os acordos o combate ao assédio moral e sexual é estabelecido em cláusula específica, objetivando um compromisso da empresa em fiscalizar e agir com rigor. Mas o assédio ainda é grande.

Em todos os acordos, estão garantidos os atestados de acompanhamento para levar os filhos ao médico. Porém, as mães reclamam muito da restrição a poucos dias no ano e não poderem compensar as horas ausentes. As empresas agem com muito rigidez, não aceitando os comprovantes, punindo com suspensões e descontos salariais. E para as trabalhadoras com dois filhos ou mais, esse direito se reduz pela metade.

A violência doméstica é outro problema que as mulheres enfrentam no mundo do trabalho. Uma mulher machucada tem dificuldades para desenvolver sua função laboral.

Ou seja, é preciso  muito força para ampliar direitos. E sindicalizar, filiar-se, aos sindicatos é medida mais que necessária, pois quando uma empresa vê que seus “colaboradores explorados” são sindicalizados, ela sabe a força que o Sindicato ganha numa negociação.

Mulheres sindicalistas

Nos sindicatos ligados a Federação LiVRE – Sinttel AM, CE, ES, PE, RJ, RN e RO, são 49 mulheres sindicalistas (veja foto) atuando para ampliar direitos e respeito no ambiente de trabalho.

Aqui no ES, Rita, Silvia, Bruna e Melissa (Vivo) Eliene (oi) e Vanessa (Sollo Brasil) são as diretoras no Sinttel-ES.

Durante os últimos anos as mulheres ocuparam as ruas, no enfrentamento para defender seus direitos. E o Sinttel/CUT-ES convidam as mulheres para colorir as ruas nesta quarta-feira! Agora temos um governo que está ao  lado das muheres, que prioriza as políticas públicas em prol das trabalhadoras.

 

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