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PREVIDÊNCIA

Com adiamento de votação, centrais decidem suspender greve

30/11/2017 - 19h14 - Sinttel-ES - Redação do Sinttel-ES
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Para entidades, pressão ajudou no cancelamento da votação. Sindicalistas dizem que continuam em “alerta” contra reforma da Previdência e por mudanças na MP trabalhista
RENATO ARAÚJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
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Nesta semana, sindicalistas se reuniram com Maia e manifestantes protestaram contra a reforma previdenciária de Temer

São Paulo – As centrais sindicais decidiram suspender a greve nacional prevista para a próxima terça-feira (5). Segundo as entidades, o movimento foi suspenso devido à informação de que a proposta do governo de “reforma” da Previdência Social não mais será votada na semana que vem.

“Ressaltamos que a pressão do movimento sindical foi fundamental para o cancelamento da votação”, afirmam as centrais, em nota, acrescentando que se manterão em “estado de alerta de greve”. As entidades também pretendem intensificar a mobilização por mudanças na Medida Provisória (MP) 808, que altera dispositivos da Lei 13.467, de “reforma” trabalhista.

Assinam a nota os presidentes das seis centrais reconhecidas formalmente: Antonio Neto (CSB), Adilson Araújo (CTB), Vagner Freitas (CUT), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (Força Sindical), José Calixto (Nova Central) e Ricardo Patah (UGT).

A greve havia sido marcada diante da perspectiva de votação da reforma na quarta-feira da semana que vem. Representantes das centrais foram à Câmara nesta semana conversar com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reivindicar o adiamento da discussão para 2018. Ontem, Maia disse que o governo “está muito longe” de conseguir os votos necessários para a aprovação.

Também por meio de nota, a CUT afirma que a “greve do dia 5 foi suspensa porque o governo Temer recuou e adiou votação da aposentadoria que estava marcada para o dia 6.” O comunicado diz ainda que o movimento sindical mantém-se em “estado de alerta”.

A maior central do país orienta todas as suas unidades estaduais e ramos de atividade a continuar convocando suas bases para que estejam preparados “para parar, fazer greve de protesto e greve geral, exigindo a não votação desta reforma da Previdência que, na prática, acaba com a aposentadoria da classe trabalhadora”.

Já a CTB considera que o dia 5 deverá se transformar em “um dia nacional de lutas”, defendendo a realização de protestos nas agências da Previdência Social nos estados. E pede uma “reunião urgente” de centrais, confederações, federações e sindicatos para discutir a organização de uma greve nacional.

Intersindical e CSP-Conlutas, que discordaram da decisão do cancelamento, reiteram que é preciso manter a mobilização.

por Redação RBA publicado 01/12/2017 11h44, última modificação 01/12/2017 15h03

Matéria anterior, convocando a Greve

Greve Nacional dia 5/12 será para defender aposentadoria

“Só conseguiremos derrubar a Reforma da Previdência nas RUAS”, diz presidente da CUT

A direção executiva da CUT orientou todos os dirigentes da Central, de sindicatos, confederações, federações e ramos a priorizar a organização da Greve Nacional contra a Reforma da Previdência, que será realizada no próximo dia 5 de dezembro.

E a resposta está sendo positiva. O setor de transportes já está organizando paralisações em vários Estados e grandes cidades. Na Bahia, Alagoas, Natal, Pernambuco, Uberlândia, Juiz de Fora, Vale do Paraíba e Distrito Federal já foram marcadas assembleias nos locais de trabalho para esta quinta (30). Em assembleia nesta terça (28), os metroviários de São Paulo já confirmaram a adesão à greve nacional.

A nova proposta de mudanças de regras para concessão de aposentadorias encaminhada pelo governo ilegítimo e golpista Michel Temer (PMDB-SP) ao Congresso Nacional deve ser votada no dia 6 de dezembro na Câmara dos Deputados e só a mobilização dos trabalhadores e das trabalhadores pode impedir essas mudanças, acredita o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Se as novas regras forem aprovadas, os trabalhadores e as trabalhadoras de empresas privadas terão de contribuir durante 15 anos e receber 60% do salário benefício, que é uma média de todos os salários recebidos ao longo da vida – hoje, o beneficio se baseia em 80% da média dos maiores salários. Se quiser receber 100% do salário beneficio tem de contribuir durante 40 anos.

Vagner e Sérgio em reunião com Rodrigo Maia

Vagner e Sérgio em reunião com Rodrigo Maia

Em conversa com o presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia, na tarde desta quarta-feira, Vagner, Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT e representantes das demais centrais, exigiram a retirada da proposta da pauta.

Independentemente da resposta de Maia, Vagner afirma que é preciso fazer uma grande mobilização no dia 5/12. Segundo ele, “só conseguiremos derrubar  a Reforma da Previdência com negociação e muita mobilização NAS RUAS”.

Vagner convoca jovens a aderirem e mobilizarem o povo para a greve nacional

“Todos nós trabalhadores e trabalhadoras somos responsáveis pelo nosso futuro. O Temer quer acabar com a sua aposentadoria, mas ele quer fazer mais que isso, quer acabar com a aposentadoria do seu filho e do seu neto também. A juventude corre sérios riscos de não se aposentar, porque não terá como cumprir todas as exigências que o golpista quer para a aposentadoria”, explicou Freitas para os jovens CUTistas no Seminário “Ocupa CUT: juventude fazendo história”, que terminou nesta sexta (30).

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