A pressão feita pelo Sinttel-ES em conjunto com os trabalhadores na Hallen Telecom/Vivo, que fica em São Diogo, Serra, resultou em reajuste de 3% nos salários e um aumento de 2 reais em cada tíquete (auxílio-alimentação) dos mais de 350 empregados. Era R$ 16. Agora é R$18.
No entanto, esse reajuste não foi negociado com o Sindicato. “Foi uma liberalidade da empresa, disse o diretor do Sinttel-ES, Alessandro Mamedi, ressaltando que a Hallen se recusa a cumprir a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2015/2016, que estabelece pisos salariais para diversas funções. “E não está garantido em nenhum acordo com a entidade de representação dos trabalhadores”, concluiu o diretor.
Após a primeira reunião feita entre o Sinttel e os trabalhadores, no dia 10 de setembro, em que havia um clima de muita insatisfação por parte dos empregados contra o Sindicato, pois a empresa dizia que “era o Sindicato que não permitia que a empresa fizesse reajuste salariais”, a coisa se inverteu.
Um boletim Canal de Voz, explicando o outro lado dessa história contada e repetida para os trabalhadores pelos encarregados e supervisores da empresa, foi possível mostrar à categoria nesta empresa, que havia uma grande mentira sendo dita todos os dias. O objetivo, segundo o diretor do Sinttel, Vanderlei Rodrigues, era colocar os empregados contra o Sindicato, da mesma maneira que a Telemont/Oi fez em dezembro de 2016.
O pano de fundo desse comportamento antiético e antissindical da Hallen contra seus trabalhadores e, de tabela contra o Sinttel-ES, é a CCT 2015/2016. A empresa tem contra si uma ação de cumprimento que tramita na Justiça do Trabalho. O Sinttel ajuizou ações semelhantes contra todas as empresas prestadoras de serviço no ES. A mais adiantada é contra a Telemont, que já foi julgada, a empresa perdeu, vem sendo multada mensalmente, mas ainda não cumpriu a sentença.
Para não cumprir a Convenção, que estabelece pisos salariais um pouco maiores que os praticados hoje, as empresas usam de todas as estratégias, inclusive as antissindicais.
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