Negociação do Acordo Coletivo
Foi uma manhã de frustação para cerca de 10 mil trabalhadores na Operadora Tim em todo o país que esperavam, pelo menos, recuperar a perda salarial provocada pela inflação do período. Ou seja, mais de 10% pelo INPC.
A proposta apresentada pelo gerente de Relações Sindicais, José Luiz Fróes, é uma mixaria diante dos lucros que a empresa vem dando, ainda mais agora com o aumento de clientes oriundos da Oi Móvel. Esnobou o esforço de cada um dos seus/suas empregados/as.
É aquela história: para produzir os trabalhadores são colaboradores. Porém, na hora de remunerar pelo trabalho e metas executadas os trabalhadores são apenas peças da engrenagem que move o lucro dos patrões.
A telerreunião entre a Comissão de Negociação da Federação LiVRE, a qual o SINTTEL-ES é filiado, ocorrida nesta terça, 23/08, meio que andou pra trás.
Está em negociação o Acordo Coletivo vigente, mas a operadora italiana quer pular esse ano, oferecendo reajustes somente em 2023.
A proposta foi rejeitada. A Tim foi informada, desde a primeira reunião, realizada no dia 10/08, que os trabalhadores e trabalhadoras precisam de renda e zerar as perdas salariais. Isso significa reajuste pelo INPC integral nos salários e benefícios, na ajuda de custo do home office, aumento do target do PPR 2023 entre outras reivindicações que afetam diretamente no bolso dos empregados.
Veja a proposta da empresa:
Reajuste: 5% em maio de 2023 sobre o valor dos salários em 31/08/2022. Exclui desse percentual os executivos (Sênior managers e acima)
Abono: 25% do salário a ser pago em 30 de setembro de 2022.
Reajuste nos benefícios: 7% em Janeiro/23 para o os auxílios alimentação (VA e VR), Creche, Dependente SCMA e ajuda de custo para o teletrabalho no call center.
PPR 2023 – A Tim disse que garante o mesmo programa de metas e prêmio (target) e adiantamento.
Ela também mantém todas as cláusulas do acordo anterior que vai até setembro, data base da negociação.
O coordenador da Comissão de Negociação da Federação LiVRE e presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, educadamente, rejeitou a proposta, “destacando o caráter insatisfatório, nocivo e com requintes de crueldade, apresentada pela TIM”.
Nova reunião dia 29/09, segunda-feira, às 10 horas.