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Sinttel vai à Justiça!

OUT PAR deixa telefonistas sem pagamento na CEF

24/03/2022 - 17h57 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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O Sinttel já prepara Ação trabalhista para cobrar judicialmente da OUT PAR e também da Caixa Econômica Federal as resciões de contrato das/os telefonistas

“A terceirização escravisa, mutila e mata”.

A frase estampada numa faixa em manifestação resume a tragetória de insegurança, desrespeito e humilhações que as telefonistas capixabas são expostas a cada contrato com bancos e órgãos públicos. Eles contratam empresas sem capacidade técnica e responbsabilidade social que vão empregar trabalhadores/as e cedê-las/os para si.

É um repeteco de problemas, dívidas trabalhistas não pagas; não recolhimento de INSS e FGTS, que são levadas à Justiça para serem quitadas meses depois, causando prejuízos irreparáveis aos trabalahdores e trabalhadoras.

Esse ano é com a OUT PAR Service, uma “gatinha” sem lastro, CONTRATA PELA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, que atrasou o pagamento de salários e benefícios desde o pimeiro mês de contrato. E todos sabiam o final dessa história.  Tempos atrás, foi assim com a Plansul no Banco do Brasil e com a Sandes na Caixa Econômica Federal. Mas também já aconteceu no Ministério Público do Trabalho, pasmem!

OUT PAR: problema desde o início

Após seis reuniões entre o Sinttel x CEF e OUT PAR objetivando fazer um acordo para pagamento das verbas rescisórias das/os 119 telefonistas que prestam serviço nas agencias da Caixa em todo o ES, não se chegou a um acordo. A OUT PAR  fez a demissão das/os trabalhadoras/es no dia 24 de fevereiro, ou seja, há um mês. Deveria ter pago os valores rescisórios 10 dias depois.

O Sinttel então já prepara a Ação trabalhista para cobrar judicialmente da OUT PAR e também da Caixa Econômica Federal as rescisões de contrato das/os telefonistas.

Acordo sem secesso

Numa tentativa de fechar esse capítulo com certa diginidade,  foi a própria OUT PAR quem procurou o Sinttel para fazer um acordo de pagamento.

Prontamente, o Sindicato se dispôs a discutir na presença dos representantes da Caixa Econômica Federal. O Sindilimpe também participaria das conversas, pois outros 200 trabalhadores de conservação e limpesa estavam na mesma situação.

Na primeira reunião, a OUT PAR disse que não tinha dinheiro em caixa para fazer os pagamentos. Porém, os contratantes, no caso a CEF, retém dinheiro das contratadas durante o contrato, justamente por causa dessas situações. E aí ficou da Caixa informar o valor retido e a OUT PAR apresentar uma planilha completa com os valores devidos a cada um/uma trabalhador/a.

Na reunião seguinte, nem a Caixa e nem a OUT PAR tinham informações precisas sobre os valores. Nova reunião foi realizada e a OUT PAR apresentou a planilha. A Caixa pediu a OUT PAR que liberasse a chave do saque do FGTS com o pagamento da multa dos 40%. O que foi feito.

Daí as conversas empacaram. Numa dessas reuniões, o Sindicato até propôs não cobrar a multa de 1 salário pelo atraso no pagamento da rescisão, para que a CEF e a OUT PAR se entendessem e as telefonistas recebessem.

Nesse vai e vem de informações e discussões, entre os representantes da empresa, sindicatos e CEF, descobriu-se que parte do valor retido do contrato pela Caixa já tinha um bloqueio judicial.

O Juridico da empresa ficou de verificar o porquê do bloqueio. E as reuniões seguintes sempre tinham pendências que não se resolveram.

Enfim, nem a OUT PAR, nem a CEF se manifestaram mais.

Então,  mais uma vez, teremos que pedir à Justiça Trabalhista que cobre, com juros e correção, todas as verbas rescisórias não pagas pela OUT PAR ou pela Caixa.

O único e terrível problema é que isso demora. Mas as/os telefonistas e o Sinttel estão juntos nessa luta!

 

 

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