Pela Vida das Mulheres
22/02/2022 – 8h17 – Federação Livre – Redação
A Federação Livre e seus sindicatos filiados (Sinttels AM, CE, ES, PR, RN, RJ E RO) reunidos no dia 7 de fevereiro, decidiram envolver as companheiras das diretorias dos sindicatos e também da base nas empresas de Telecom nos estados, em várias atividades – a maioria on-line devido à pandemia de Covid-19 – no mês de março, em comemoração ao #8M – Dia Internacional de Luta por Direitos das Mulheres.
E dentre as propostas, teremos vídeos, textos, cards, com temas relevantes que afetam o cotidiano da Mulher, não só no ambiente do trabalho, mas de modo abrangente, prestigiando a fala da Mulher trabalhadora em telecomunicação em suas várias representatividades de seguimento (social, laboral, étnico, cultural, diversidade, etc). Os homens e LGBTQIA+ foram convidados, pois precisamos envolver todos na luta pela vida, por garantia de direitos e empoderamento da mulher na sociedade.
A Federação está homenageando três mulheres importantes. A indígena Sonia Guajajara, a ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff e a cantora Elza Soares, a Voz do Milênio, por suas trajetórias de vida.
Duas lives, uma no dia 10 de março e outra no dia 24 de março serão transmitidas às 20 horas pelos canais do YouTube e Facebook dos sindicatos e da LiVRE. Mulheres foram convidadas para conversar com outras mulheres, sobre vários temas.
Durante todo o mês, teremos entrevistas, filmetes com mensagens de conscientização da importância da mulher na política, no mercado de trabalho, em casa com a família, nas artes.
A Federação LiVRE tem dois anos de atuação e quer trazer luz para os desafios que a mulher enfrenta nos seus locais de trabalho, visando embasar suas reivindicações nas negociações coletivas do teleatendimento das operadoras Vivo, Claro e Tim, das empresas terceirizadas de serviços em redes externas, provedores de internet e telefonistas contratadas em bancos, repartições públicas e empresas.
O regime de trabalho em home office foi mais prejudicial para as mulheres trabalhadoras do que para os homens no setor de telecom. E com a pandemia, o contato com a categoria ficou prejudicado devido as medidas de restrições para o controle sanitário.
Em meio a uma crise econômica sem precedentes, as mulheres têm, sim, medo da miséria. Mais ainda, da morte diante da violência generalizada que é cometida contra elas, que travam batalhas históricas pelo direito à educação, saúde, moradia, segurança alimentar.
Os casos de feminicídio e de violência contra as mulheres crescem exponencialmente desde 2019. As mulheres que não estão desempregadas, estão fazendo bico; muitas não têm carteira assinada. Há décadas não se viam tantas mulheres desesperadas por não terem o que dar de comer para seus filhos. Ao mesmo tempo, tanto na esfera federal como nos municípios, há total falta de interesse com a promoção de políticas públicas para as mulheres.
A menos de oito meses das eleições gerais, as mulheres também irão às urnas com esperança. Este é o ano que poderão mudar o curso da história, afinal são maioria dos eleitores (52,5%), no país. Podem eleger quem tem história na luta pela defesa dos direitos das mulheres.