A Telefônica/Vivo vai desligar cerca de duas mil funcionários como resultado da integração com a GVT, após já ter feito cortes no ano passado, informou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fenattel), revela reportagem do jornal o Estado de São Paulo. As primeiras 300 demissões em São Paulo já teriam acontecido, de acordo com fontes de mercado. A estimativa da federação é de um corte de 10 mil trabalhadores nas operadoras desde 2015.
“Em reunião no mês passado, a Telefônica informou que seriam necessários os 2 mil desligamentos no País”, diz Luís Antônio Souza, secretário geral da federação. No Estado de São Paulo, a redução seria de cerca de mil postos de trabalho, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel). Em julho, a empresa manteve um Plano de Demissão Voluntária (PDV). As demissões estão previstas para ocorrer até 2 de setembro.
“A situação do setor é preocupante. O número de empresas está diminuindo e, como consequência, há a redução dos postos de trabalho. Esse movimento ainda não acabou”, avalia o secretário geral da Fenattel. No ano passado, a Telefônica já demitiu outros dois mil trabalhadores. A Vivo comprou a GVT por cerca de 7 bilhões de euros. Em nota ao mercado, a Telefônica/Vivo confirma que realiza um Plano de demissão Voluntária. “A empresa busca continuamente maior agilidade e eficiência em suas operações, alinhadas à sua cultura de alto desempenho”.
No dia 8 de julho, a TIM desativou unidades de call center próprias em Pernambuco e no Paraná. Cerca de 1,7 mil pessoas foram demitidas – 1,2 mil em Pernambuco e 500 no Paraná, segundo o sindicatos. A operadora revelou que realiza uma reorganização para melhorar a sinergia entre as operações e o fornecimento de serviços e infraestrutura.
Convergência Digital, 4 de agosto de 2016