PIOR PARA O TRABALHADOR
Mais de 40% dos requerimentos se concentraram no setor de serviços. Centrais defenderam aumento de parcelas, mas governo e empresários barraram
O número de pedidos de seguro-desemprego atingiu 6,784 milhões em 2020, crescimento de 1,9% sobre o ano anterior (6,655 milhões), segundo o Ministério da Economia. Com um total de 2,779 milhões, o setor de serviços concentrou 41% dos pedidos.
Na sequência, o comércio respondeu por 26,6% do total. Depois vêm indústria (17,1%), construção (9,4%) e agropecuária (4,9%). No recorte por gênero, 59,8% dos pedidos de seguro-desemprego foram feitos por homens e 40,2%, por mulheres
Em relação à idade, os dados seguem a tendência do mercado de trabalho brasileiro. Um terço dos pedidos (33,1%) foi feito por trabalhadores de 30 a 39 anos. Outros 20,6% se concentraram na faixa de 40 a 49 anos.
Veto no Codefat
Com alguma melhora no mercado formal, a quantidade de pedidos diminuiu nos últimos meses. Em dezembro, foram 425.691, 4,6% a menos do que no mês anterior. O pico foi registrado em maio, na fase inicial da pandemia: 960.308 requerimentos.
A quantidade de parcelas vai de três a cinco, conforme o período trabalhado. E o valor depende de uma média salarial dos três meses anteriores à dispensa – em 2020, o teto foi de R$ 1.813,03. Com a crise, as centrais sindicais tentaram aumentar o número de parcelas, mas governo e patrões se uniram para derrubar a proposta no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
Escrito por: Redação RBA 08 Janeiro, 2021 – 09h19