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Salário rebaixado

Telemont erra e exige de trabalhadores devolução de salário

14/08/2020 - 15h11 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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Trabalhadores da Telemont Engenharia, prestadora de serviços em rede para a Oi, no Espírito Santo, denunciaram ao SINTTEL-ES a pressão da empresa para que devolvam parte do salário que foi depositado a mais, nos meses de maio e junho desse ano.

A empresa vem pressionando 35 empregados a devolver, cada um, R$ 880,00, a partir desse mês e ter o salário reduzido de R$ 1.464,00 para R$ 1.105,00.


Estes trabalhadores foram contratados para fazerem a implantação da rede de fibra que atende ao serviço Oi Fibra na Grande Vitória.

A confusão começou depois que os trabalhadores passaram pelo período de experiência e mudaram da função. De trainee foram promovidos a Instalador e Reparador de Redes, conforme já estava combinado com os trabalhadores. Muitos confirmaram que o valor do novo salário não foi falado pelos representantes da empresa, quando da mudança da função.

Aqui no ES, em função de alguns problemas com este cargo, foi dito que essa função Instalador e Reparador de Redes seria extinta, e os poucos empregados passariam a exercer outras funções, como IRLA ou Agentes de Soluções, conforme a disponibilidade de vagas.

“Alguém no departamento administrativo da Telemont, em Minas Gerais, errou ao classificar a função dos trabalhadores que estão fazendo a rede de fibra. Foi atribuído a estes trabalhadores um salário de R$ 1.464,17 e, que, segundo a Telemont, não estava de acordo com o estabelecido para a função de Instalador e Reparador de Redes”, resumiu o presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann.

Após dois meses pagando R$ 1464,00, a Telemont percebeu o erro somente em julho, e decidiu que descontaria do salário dos empregados em 8 parcelas de R$ 110,00, que é a diferença do salário somado aos 30% de periculosidade. E foram pressionados a assinar um documento se comprometendo em devolver. A maioria não concordou.

Foi aí que o SINTTEL foi acionado. Os trabalhadores não concordam em devolver o dinheiro, já que o salário também será reduzido em quase 30%.

Nesta terça-feira  (11), os  diretores Nilson Hoffmann e Alessandro Mamedi estiveram no canteiro de obras da empresa, no bairro Campinho da Serra, município de Serra, para conversar com os trabalhadores. A partir da constatação do problema, o Sindicato chamou a Telemont para uma negociação.

Na conversa com a empresa na quarta e quinta-feiras, o máximo que se conseguiu foi aumentar o número de parcelas para devolução do valor em 12 vezes. A empresa não abre mão de receber o dinheiro de volta e de reduzir os salários para R$ 1.105,00.

Segundo Nilson, a empresa aceita até pagar as horas extras que ela jogaria para o banco de horas, mês a mês, aumentando assim a renda dos envolvidos – já que o salário será reduzido em mais de R$ 360,00.

Nesta sexta-feira (14), os diretores voltaram ao pátio da empresa para apresentar a proposta que a Telemont fez: descontar o valor em 12 vezes e compensar no pagamento de horas extras. A proposta foi apresentada, mas os trabalhadores não concordaram. Acham que não devem nada.

O problema continua. O Sinttel-ES voltou a conversar com a empresa discutindo alternativas para encontrar uma saída que não diminua ainda mais os salários que já são muito baixos.

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