Oi -> BR Telecom
Depois de criar uma insegurança tremenda entre os 12.500 empregados/as, a diretoria voltou atrás na decisão de fazer mudanças na estrutura organizacional da Operadora. Na terça-feira (02/06), o RH enviou e-mail aos milhares de empregados em todo o país comunicando que iniciava o processo de migração da Oi para a Brasil Telecom Multimídia, que é também uma empresa do grupo.
A desistência foi informada à Federação Livre por volta das 21h30, desta quarta-feira, cerca de 12 horas depois de o gerente de Relações Trabalhistas na Oi, Alexandre Barros, ter se reunido com o secretário-geral, Marcelo Beltrão (Sinttel-PE) e o presidente Luiz Antônio (SinttelRio) para esclarecimentos sobre o processo de sucessão de empregados da Oi para a empresa Brasil Telecom Multimídia.
Federação Livre – que representa os/as trabalhadores/as em Telecomunicações nos estados do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande Norte, Rio de Janeiro e Rondônia fez vários questionamentos à gerência sobre a “reorganização corporativa da Oi”.
A mudança anunciada pelo RH para os empregados causou insegurança generalizada. Muitas dúvidas chegaram aos sindicatos, que também foram surpreendidos com a novidade. Aliás, o fato de os sindicatos não terem respostas para os inúmeros e legítimos questionamentos da categoria apontou uma falha inconcebível do RH.
Na reunião, a gerência garantiu que não haveria rescisão de contrato para aqueles trabalhadores que fossem para a BRTelecom, pois a nova empresa assumiria todos os direitos e benefícios atuais, como férias, FGTS, plano de saúde, VA/VR, creche, auxílio medicamento e outros benefícios.
Alexandre Barros disse que não nada mudaria quanto aos direitos e garantias sociais e econômicas estabelecidas nos Acordos Coletivos de Trabalho, inclusive o Placar, uma vez que a Brasil Telecom Multimídia está no guarda-chuva dos Acordos.
Reunião com a presidência
À tarde, a Livre reuniu os sete sindicatos filiados e diante da reestruturação anunciada, decidiu-se pedir uma reunião com o presidente da empresa, Rodrigo Abreu.
Nem foi preciso, já que a empresa desistiu de continuar o processo. Mas a preocupação, até então, era de que os/as trabalhadores/as precisavam conhecer os detalhes deste novo organograma em que, segundo o comunicado se daria durante este mês, com a transferência de 7 mil empregados/as da Oi para BRT Multimidia, empresa do grupo, mas que está fora do Plano de Recuperação Judicial (RJ) em curso na Oi.
Paralelamente, uma carta seria enviada à direção da Oi pedindo que a ela oficialize toda essa movimentação, explicitando as garantias ditas na reunião de hoje, de que nada muda em relação a salários, vantagens e benefícios diante do novo organograma que está em curso.