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Diretoria do Sinttel-ES faz um balanço das negociações em 2024

07/11/2024 - 16h00 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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A reunião contou com a presença virtual de Luiz Antônio Silva, presidente da Federação LiVRE, da qual o Sinttel-ES faz parte. Ele fez uma retrospectiva das transformações que o setor de Telecomunicações enfrenta desde o momento da privatização do Sistema Telebrás, em 1998, até os desafios atuais.


A diretoria recém-empossada do Sinttel-ES reuniu-se nesta quinta-feira (7/11), na sala de reuniões do Sindiupes, no centro de Vitória, para discutir e avaliar as negociações coletivas neste ano.

Pela manhã, a diretoria assistiu a um vídeo documentário sobre os tempos sombrios da Ditadura, focado nas prisões, torturas e perseguições sofridas pelos membros da Igreja Católica e os estudantes. O objetivo é dar formação histórica e política aos novos diretores e diretoras, que também conheceram o site e as redes sociais do Sindicato.

O presidente da Federação LiVRE, Luiz Antônio Silva, por videoconferência, fez um regaste das transformações sofridas pelo setor, após as privatizações e o papel de representação dos sindicatos.

Segundo Luiz, a terceirização, a diversificação do setor – com a entrada da Telefonia Celular, Internet, da Fibra ótica,  5G e agora com a Inteligência Artificial – obrigou os sindicatos a atuar nas prestadoras de serviço em rede, nas provedoras de internet e no teleatendimento, além das operadoras. “As mudanças trouxeram a precarização nas relações de trabalho e aumentou a responsabilidade de representação e atuação dos sindicatos”, destacou.

A Federação LiVRE foi criada no de 2018 para representar os/as trabalhadores/as em Telecom nos estados AM, CE, ES, PE, RJ, RN e RO. Teve uma atuação importante, durante a pandemia garantindo que as mudanças feitas na legislação trabalhista, como a suspensão do contrato de trabalho, ampliação de jornada e a instalação do teletrabalho não diminuíssem a renda, ou retirassem direitos dos trabalhadores.

Luiz também lembrou que a categoria vivenciou tudo isso ao mesmo tempo em que a reforma trabalhista de 2017 reduziu direitos, desobrigou as homologações nos sindicatos, permitiu a negociação individual do banco de horas entre outras medidas prejudiciais aos trabalhadores e o fim do imposto sindical, numa estratégia para sufocar financeiramente as entidades sindicais.

A pior negociação com as operadoras

“Pela primeira vez, na negociação salarial deste ano com as operadoras Tim, Claro, Vivo, Oi, Algar, V.tal não houve reposição da inflação (3,71%) na data base, em 1º de setembro. As empresas operadoras estão muito bem, obrigado!”, disse Luiz Antônio, se referindo à estratégia adotada pelas grandes empresas em jogar para 2025 o reajuste salarial, oferecendo abonos indenizatórios que não valorizam os salários e tem reflexos negativos no 13º salário, no FGTS, no PPR, no adicional de férias e na média salarial de quem vai se aposentar.

O presidente da LiVRE disse não entender essa estratégia, pois as empresas estão lucrando como nunca; tanto que isso será visto no pagamento do PPR que deve ultrapassar o topo do target (prêmio) em todas elas.

Ele encerrou descrevendo o quadro caótico de endividamento da Oi e as administrações que levaram a operadora a ter uma dívida inimaginável de R$ 67 bilhões e um abismo para os trabalhadores.

 

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