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Trabalhadores paralisam atividades na Sertel, empreiteira da GVT

31/05/2012 - 7h51 - Sinttel-ES - Redação do Sinttel-ES
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A empresa, localizada em Carapina Grande, Serra, presta serviços à GVT, que a tudo assiste sem olhar para as condições de trabalho e salários dos trabalhadores. A paralisação é um protesto contra o descaso da empresa diante das necessidades de reajuste do tíquete alimentação e outras reivindicações, como plano de saúde e auxílio creche.

Cerca de 70% dos trabalhadores da Sertel estão de braços cruzados. A paralisação foi o que restou para os empregados, depois que a empresa ficou de apresentar uma proposta de reajuste para o tíquete alimentação e não o fez. O prazo era até ontem (30).

Agressão

O clima é tenso na porta da empresa. O gerente da Sertel, Valdeci, agrediu o diretor do Sinttel, Vanderlei da Vitória, e quebrou sua máquina fotográfica. O fato aconteceu depois que o gerente começou a fazer fotos dos trabalhadores parados na rua. O sindicalista então, vendo a atitude antissindical do gerente, começou a fazer fotos dele fotografando os empregados. O Valdeci não gostou e partiu para cima do sindicalista, quebrando a sua câmera. A PM foi chamada ao local.

“O descaso com as questões que envolvem os trabalhadores foi o que fez crescer a insatisfação”, explica o diretor Vanderlei da Vitória. Segundo ele, desde meados de abril os trabalhadores esperam por uma resposta da Sertel. “Outra reivindicação é o plano de saúde, que a empresa está devendo”, lembrou o diretor. A atitude do gerente não intimidou Vanderlei que permance no local junto com os mais de 70 trabalhadores.

O presidente do Sinttel, Nilson Hofmann, que também está no local e acompanha a paralisação, disse que o Sinttel pressiona para que a empresa adote a Convenção Coletiva Nacional das prestadoras de serviço no setor de telecomunicações, que está sendo negociada com o Sinstal (Sindicato das empresas) e a Fenattel (Federação dos Trabalhadores).

Na proposta do Sinstal, as reivindicações dos trabalhadores da Sertel estariam parcialmente contempladas, pois na proposta das empresas, estariam garantidos o reajuste de salários acima da inflação, auxílio creche, auxílio para filhos excepcionais, plano de saúde e outros benefícios.

A paralisação não tem hora para acabar, avisou Nilson.

Veja fotos de outra paralisação realizada em 24 de abril

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