2ª Reunião de Negociação ACT
Vitória sediou nesta quinta-feira, 12/09, a segunda reunião de negociação com a Telefônica Vivo. O Encontro entre os negociadores da empresa, Márcio Afonso (gerência de Relações Trabalhistas e Sindicais) e Tiago (Assessor jurídico) com os representantes dos/as trabalhadores/as Reginaldo Biluca (SINTTEL-ES), Estela Menezes (Sinttel-CE), Vânia Miguez (SinttelRio) e José de Anchieta Couto (Sinttel-PE) da Federação Livre e diretores dos Sintteis MG, RS e DF e PI integrantes da Fitratelp foi no hotel Quality e durou a tarde inteira, mas não rendeu nenhum avanço significativo.
A empresa continuou com a proposta de cobrar pelo plano de saúde – 1,5% e limitado a R$ 600 – só que a partir de junho (era fevereiro na primeira reunião) de 2020, passando a ser compulsória a mensalidade.
Alterou índices para o reajuste salarial e nos valores de VA e VR, mas somente para o ano que vem. Esse ano nada de reajustar os salários já corroídos pela inflação do período, ou de seja de 1 de setembro de 2018 a 30 de agosto de 2019. E o reajuste oferecido para o ano que vem é de apenas 70% do índice da inflação desse último ano que foi de 3,68%. A Telefônica Vivo ofereceu acrescentar aos salários de hoje, 2,3% em julho de 2020.
Para o Auxílio-Alimentação VA e VR, a proposta de reajuste é de 2,3% (maiores valores) e de 2,8% (menores valores) em cada segmento. Quando? Em março de 2020.
Os demais benefícios, pela proposta da Telefônica Vivo teriam em março de 2020 um reajuste de 2,3%.
O Abono indenizatório agora é de 25% e não mais 24% como na proposta anterior e não tem teto. Ou seja: altamente injusto, porque os maiores salários terão um abono muito maior.
Além de desprestigiar a grande massa dos empregados/as, abono não incorpora aos salários, não incide nos valores das contribuições do INSS, portanto reduz o benefício na hora da aposentadoria. Também não incide nos depósitos do FGTS e não recupera o poder de compra dos salários do/atrabalhador/a. Só é bom para a empresa, que dá “um cala boca” na galera, sem gastar com os benefícios. Imagina se aquele procurador de MG que reclamou de ganhar R$ 24 mil por mês, trabalhasse para a Telefônica Vivo?
As demais reivindicações não foram atendidas, assim como as demais propostas da empresa, apresentadas na reunião que aconteceu em São Paulo, foram mantidas.
A posição dos representantes sindicais foi de rechaçar a proposta da empresa. Não cabe na cabeça dos “colaboradores” na Telefônica Vivo, a maior operadora de telefonia do país, que acumula no ano, lucro líquido de R$ 2,8 bilhões com crescimento de 24,3%, ficar praticamente DOIS ANOS SEM AO MENOS A RECOMPOSIÇÃO SALARIAL QUE É A REPOSIÇÃO DO ÍNDICE DA INFLAÇÃO, DE 3,68%. Continuamos reivindicando a reposição salarial INTEGRAL, mais 5% de aumento real em SETEMBRO DE 2019 (na data base).
A proposta da empresa nem de longe atende às mínimas reivindicações dos/as trabalhadores/as. As propostas são ruins, injustas, pioram as condições, como por exemplo, 180 horas para o banco de horas e pagamento do plano de saúde.
E a empresa sabe que com esses índices apresentados, mesmo com abono, os sindicatos nem levam para apreciação da categoria, pois não serão aceitos. E a Telefonica não demonstra nenhuma pressa, já que a próxima reunião não foi pré-agendada. Tudo que nos leva a crer que a empresa quer arrastar a negociação para o final do ano. A intenção aparente, que já foi feita em outros anos, é culminar o reajuste mequetrefe, o injusto abono indenizatório e o 13º salário para engabelar os bobos. Assim, fica todo mundo enebriado no clima de festas natalinas e não percebe o engodo da empresa.
É hora de todos pressionar e brigar por melhores salários. Temos um momento difícil, com desemprego alto e economia em crise. Mas são nesses momentos que se pode tirar o melhor de nossa participação, da nossa criatividade e resistência. Filie-se ao Sinttel-ES. Faça parte desse time. A empresa joga com essas mediocridades, porque ela sabe quantos de nós desconta a mensalidade sindical. E sem a contribuição anual – que não é mais obrigatória – a empresa aposta na fragilidade dos sindicatos.
Vamos à luta. Diga Sim para o SINTTEL-ES, Diga Sim Pra Você.
Fortaleça o Sindicato!
#SinttelES #SinttelSindicatoDeLuta