Desrespeito
A Centel (Araujo Alves e Cia ME) prestadora de serviços de cabeamento de rede para a Operadora Claro não vem depositando o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos empregados. E não é de hoje que a terceirizada vem descumprindo um direito trabalhista, nas barbas da Operadora que não fiscaliza o contrato e deixa a coisa correr solta. O SINTTEL-ES sabe como isso acaba: empresa perde o contrato, fecha as portas e deixa dezenas de pais de família sem as garantias trabalhistas.
Há aproximadamente dois anos, os diretores do SINTTEL-ES Vanderlei Rodrigues e Rita Dalmásio, estiveram na sede Centel, que fica em Maruípe, Vitória, para apurar junto com os trabalhadores a mesma denúncia. Na época, vários trabalhadores procuraram o Sindicato para reclamar que a empresa não depositava os valores referentes ao FGTS. Os diretores propuseram, então, fazer uma ação coletiva para cobrar da Centel o pagamento do FGTS. “Nenhum dos empregados que conversamos quis participar da ação e, agora, a situação veio novamente parar aqui no Sindicato”, lamentou Rita.
O presidente do SINTTEL-ES, Nilson Hoffmann, disse que a Centel vem se recusando a tratar os problemas dos empregados, pois seus diretores sequer atendem aos telefonemas do Sindicato. Por outro lado, nenhum trabalhador da empresa é filiado ao Sindicato. “Mesmo assim, é aqui no Sindicato, que os trabalhadores chegam finalmente pedindo ajuda, quando percebem que seus direitos estão sendo desrespeitados”, revela Nilson.
A Caixa Econômica Federal, onde estão todos as contas de depósito do FGTS, disponibiliza um Aplicativo FGTS. Nele você tem no celular, seu extrato, pode solicitar saque imediato e muito mais. É só baixar pelo play store (Android) App Store (iPhone – IOS). Instale. Ao abrir o App, uma tela explicativa com três passos dará dicas para se cadastrar. Voce precisará:
A recusa da empresa em negociar com o Sindicato, se deve às ações de cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2015/2016) que o SINTTEL-ES impetrou contra todas as empreiteiras de rede externa no setor de telecomunicações no ES. E a Centel foi uma dessas empresas condenada a cumprir a Convenção Coletiva daquele ano, pagando pisos salariais por função, principalmente para os cabistas, que é a maioria dos empregados.
E a Claro, o que faz com uma empreiteira como essa? Faz vista grossa. O que significa dizer que a Operadora Claro além de não fazer uma fiscalização constante na contratada, ainda finge que é uma empresa boa, que cumpre todas as normas trabalhistas.
O SINTTEL-ES convida os trabalhadores da Centel a se sindicalizarem para terem direito à assistência jurídica, aos convênios que o Sindicato tem com escolas, faculdades, SESC (áreas de lazer), óticas, farmácias, clinicas, médicos, e toda a assessoria necessária nestes tempos tão sombrios, em que o ataque aos direitos trabalhistas são diários.